Um ser humano foi queimado em Caxias do Sul. Motivo, segundo os quatro adolescentes que praticaram a ação, devia dois reais para eles. Portanto, o morador de rua por esta dÃvida pagou da seguinte forma: os adolescentes foram a um posto de gasolina, compraram gasolina, despejaram sobre o homem e depois atearam fogo. Por uma coincidência gastaram dois reais para comprar a gasolina.
Depois fugiram e deixaram o homem queimando, foi socorrido, levado a um hospital, com queimaduras em quase todo o corpo, morrendo alguns dias depois. Os adolescentes foram localizados, apreendidos, levados a um juiz, que os liberou para responderem em liberdade, por serem adolescentes e primários.
Qual a avaliação de tudo isto? Alguns dizem que a lei funciona assim e que tudo está dentro da previsão legal, enquanto outras entendem que a penalização é muito branda, por tratar-se de um crime muito violento, com morte de um indivÃduo.
Outras vozes comentam que o fato de envolver um morador de rua, alguém invisÃvel para a sociedade, faz o homem tornar-se coisa queimada e não um ser humano, tornando o crime uma coisa banal.
Mas no fim das contas, um ser humano morreu vÃtima de queimaduras, sem chance de defesa, pois estava dormindo, enquanto quatro adolescentes decidiram que a pena pela dÃvida seria a morte, então uma vida foi trocada por dois reais.