Sexta-Feira, 24 de Março de 2023 |

Colunista


Conversando sobre o cotidiano


Paulo Franquilin


franquilin.pc@gmail.com


A Igreja terá que escolher um novo Papa no final de fevereiro, pois Bento XVI renunciou ao cargo de Sumo Pontífice, um fato inusitado, já que normalmente os Papas ficam até morrerem, conduzindo e orientando toda a instituição.
O afastamento de Bento XVI está vinculado à saúde estar abalada, com 85 anos e afastado da realidade do mundo, uma vez que tentou, nestes oito anos, retroceder muito do que seus antecessores fizeram, o que desagradou tanto a Igreja como os fiéis do mundo inteiro.
Um ser humano deixou o maior cargo da Igreja Católica para descansar e cuidar da saúde, mostrando toda a sua humanidade, seu desprendimento pela posição alcançada, deixando que outro o substitua em vida, provando que é possível ser menos egoísta, pois muitas vezes o poder corrompe e nos deixamos ficar pela posição, esquecendo-se de viver uma vida mais feliz.
Quantos de nós ficamos acomodados em nossos empregos, preocupados em manter uma posição, para demonstrar aos outros que somos importantes para uma instituição e esquecemos de nossas famílias e de nossa felicidade.
Outra corrente de raciocínio poderá dizer que Bento XVI está renunciando pelas diversas denúncias de corrupção no Vaticano, escândalos que estão sendo investigados. Diferente de tantos que são denunciados e permanecem em seus cargos importantes, o Papa deixou seu posto, talvez para preservar a Igreja e não ser retirado do cargo.
No Brasil estamos acostumados com esta atitude, sair antes de ser retirado do cargo pela instituição ou pelo povo. Ficam as duas versões, além de outras que deverão surgir, mas o fato é que Bento XVI renunciou e isto modifica a realidade da Igreja Católica no futuro.

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