Pane seca mata 71 pessoas
Nós, motoristas, quando vamos viajar em nossos veículos sempre calculamos a distância que percorreremos e colocamos combustível suficiente para chegar até nosso destino, sendo que, em muitos casos, já planejamos para reabastecer durante nossa viagem.
Uma prevenção normal para a maioria dos condutores, por ser o mais seguro e que evita uma série de problemas, inclusive a possiblidade de ficarmos parados com nossos veículos na beira de uma estrada, esperando até conseguirmos abastecer nossos carros.
O piloto que conduzia o avião onde estava toda a equipe da Chapecoense, dirigentes e jornalistas não cumpriu esta regra básica de qualquer viagem, simplesmente colocou combustível para percorrer os quase três mil quilômetros entre Santa Cruz de La Sierra, na Bolívia, até Medellín, na Colômbia, o que fez com que o avião caísse a 30 quilômetros antes de concluir a viagem.
A morte de 71 pessoas poderia ter sido evitada, simplesmente, se o piloto tivesse planejado uma parada para reabastecimento entre as duas cidades, mas apesar da solicitação da agência que controlo os voos na Bolívia, isso não aconteceu, sendo liberado para uma viagem sem combustível suficiente para chegar ao destino final.
As regras internacionais de aviação determinam que um avião tenha uma reserva de combustível para qualquer eventual atraso no voo, mas essa regra não foi observada, ocasionando o fim de um sonho de 200 mil habitantes da cidade de Chapecó, que esperavam que seu time fosse campeão da Copa Sul-americana.
Restaram as lembranças de uma equipe que se sobressaiu nos últimos anos, alcançando diversas vitórias e subindo até a elite do futebol brasileiro, conseguindo manter-se na primeira divisão e disputaria pela primeira vez um título internacional.
Agora a Chapecoense foi declarada campeã da Copa Sul-americana, sendo elevada a uma condição de representante do Brasil na Copa Libertadores do ano que vem, tendo que remontar toda a sua estrutura de futebol e preparar-se para novos desafios.