Terça-Feira, 21 de Março de 2023 |

Colunista


Conversando sobre o cotidiano


Paulo Franquilin


franquilin.pc@gmail.com


Mortos pelas ruas e fugas pelo túnel

No último final de semana tivemos a marca de 40 homicídios, com várias mortes estúpidas, sem chances de defesa às vítimas, com autoridades dando explicações que não convencem, alegando que são mortes por disputa de territórios dos criminosos, dizendo ainda não conseguirem evitar estes acontecimentos.

Nossos policiais estão trabalhando no limite, tendo de fazer diversas funções que não são de sua competência legal, mas pela inexistência de servidores, vemos brigadianos fazendo custódia de presos em ônibus, sem condições mínimas de salubridade, tanto para quem está preso, como para quem guarda o preso.

A notícia de que será inaugurado um espaço de triagem para presos, ainda não concluído, mostra a falta de planejamento das autoridades, tudo parece provisório, dando respostas paliativas para os problemas que vão aparecendo.

A crise está instalada, não temos viaturas circulando nas ruas, pois as que estão disponíveis ficam atendendo às ocorrências e quando há prisão de algum criminoso, precisam ficar custodiando os presos, pela falta de vagas, não há reservas de viaturas e efetivos, todos estão envolvidos com a ação criminosa, não há prevenção ao crime.

Delegacias funcionando precariamente, apenas registrando ocorrências, sem investigação, pois além do trabalho cartorial, policiais tem que cuidar dos presos nas delegacias.
Nos estabelecimentos prisionais temos superlotação, agentes penitenciários insuficientes para o funcionamento das cadeias, deixando a cargo de presos funções que seriam de competência dos servidores, num acordo informal em que a lei e o crime, cedem um pouco de cada lado para que o sistema fique estabilizado.

A descoberta de um túnel escavado nas proximidades da Cadeia Pública de Porto Alegre, antigo Presídio Central, demonstra a fragilidade da segurança pública, que só não teve mais um fato extremamente negativo, com a fuga de centenas de presos por que alguns policiais observaram o movimento suspeito numa casa.

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