Cobertor curto na segurança
Todos os movimentos das autoridades estaduais para mudar um cenário de caos nesta área sensÃvel e que apresenta números absurdos da violência nos municÃpios da Região Metropolitana, devido a uma série de equÃvocos na polÃtica de segurança pública adotada nos últimos dois anos.
A solicitação da presença da Força Nacional ameniza a falta de efetivo, mas não resolve, pois os seus integrantes desconhecem a realidade de nossas cidades, sem envolvimento com as comunidades, cumprindo inúmeras missões de presença e de patrulhamento sem dar conta das necessidades da população.
Remendos em prédios para que se tornem espaços para receber presos, enquanto aguardam vagas no sistema prisional, diminuem o número de pessoas nas cadeias das delegacias ou em viaturas policiais, tudo paliativo, sem solução em curto prazo.
Um número cada vez menor de policiais nas ruas, falta de viaturas no patrulhamento, tudo decorrente da diminuição da inclusão de servidores e da falta de investimento em material e compra de veÃculos, gera a triste realidade do menor efetivo para trabalhar no policiamento.
Os assaltos às agências bancárias das pequenas cidades do interior viraram rotina, pois inexistem policiais para prevenir este tipo de ação criminosa, colocando em risco essas comunidades, com destruição de patrimônio público e privado.
Agora a retirada de 400 policiais de várias cidades do interior para reforçar a Região Metropolitana não resolverá tantos problemas numa área do Estado, vai gerar mais insegurança para os municÃpios que perderam o pouco que tinham.
A solução da realidade caótica passa por enormes investimentos: na construção de casas prisionais para manter presos os criminosos e com plano de inclusão de policiais anualmente para suprir a falta de efetivo, sendo necessárias mudanças na polÃtica de valorização da função policial e na legislação penal, para que haja certeza da punição quando do cometimento de crimes.
Senão continuaremos a ver o crescimento da violência onde não houver policiais, com movimentação de efetivos para tentar diminuir os números das ações criminosas, numa polÃtica de cobertor curto, que não resolve a situação da criminalidade no Rio Grande do Sul.