Quarta-Feira, 22 de Março de 2023 |

Colunista


Conversando sobre o cotidiano


Paulo Franquilin


franquilin.pc@gmail.com


Mulheres desrespeitadas

Os vários acontecimentos envolvendo agressões, tanto físicas como psicológicas, contra mulheres por homens com destaque político ou artístico, demonstra o quanto estamos atrasados em nossa visão sobre a relação entre homens e mulheres em nosso país.

Para que tivéssemos uma mudança de comportamentos agressivos dentro das casas, houve a necessidade de uma orientação internacional para que o Brasil adotasse uma legislação visando proteger as mulheres brasileiras.

A lei recebeu o nome de uma mulher, Maria da Penha, a qual durante anos foi agredida por seu marido, resultando diversas sequelas, inclusive perda de movimentos na parte de baixo de seu corpo, com necessidade de locomover-se numa cadeira e rodas.

A Lei Maria da Penha conseguiu dar voz para as mulheres agredidas por seus companheiros, diminuindo a impunidade dos agressores, resultando em condenações, prisões e medidas protetivas.

Mas nada disso tem impedido de surgirem fatos de agressões contra mulheres, inclusive com repercussão na mídia, como a agressão do cantor Victor contra sua esposa, grávida, numa discussão envolvendo seus familiares.

Deste fato resultou no afastamento da participação do artista, como jurado e treinador, no programa The Voice Kids, além de arranhar a imagem junto aos fãs e público, com condenação à atitude do cantor.

Outro fato de violência doméstica envolveu o senador Lasier Martins, que agrediu sua esposa, sendo condenado a afastar-se dela, numa medida protetiva, numa demonstração de que a legislação é eficiente e pode ser aplicada contra qualquer agressor.

O ator José Mayer também teve que dar explicações sobre suas atitudes de assédio contra uma funcionária da Rede Globo, inclusive com divulgação de que teria tocado em suas partes íntimas nos corredores da empresa, numa demonstração de total desrespeito à figura feminina.

Infelizmente estes acontecimentos continuarão a ocorrer no Brasil, mesmo que tenhamos mulheres denunciando, baseadas numa legislação eficiente, falta mudar a cultura machista, a qual entende que os homens podem usar as mulheres como objetos.

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