Quarta-Feira, 31 de Maio de 2023 |

Colunista


Conversando sobre o cotidiano


Paulo Franquilin


franquilin.pc@gmail.com


Crise no comércio gaúcho

Ao caminhar pelas ruas das cidades é possível perceber a enorme quantidade de placas de “aluga-se” e “vende-se” afixadas em diversos imóveis residenciais e comerciais, sendo reflexo da grave crise econômica que temos no Brasil. Temos um grande número de estabelecimentos comerciais que estão fechando suas portas pela impossibilidade de fazer frente às despesas com funcionários, estrutura e subsídios para manutenção das atividades.

Chegamos ao número absurdo de 13 milhões de desempregados no país, sendo quase um milhão de pessoas nesta situação de desemprego no Estado e que deixaram de contribuir para a economia, através de consumo de produtos e serviços no comércio gaúcho.

Parcelamentos de salários, demissões, congelamento salarial e a alta inflacionária são combustível para a derrocada do comércio, enquanto o fechamento do polo naval de Rio Grande, a eterna novela da destinação da área da Ford, em Guaíba, a redução da produção de veículos pela GM, em Gravataí, aliados as obras de infraestrutura paralisadas no Estado, são itens de um cenário de nossa crise econômica.

A inadimplência aumentou muito, com crescimento do número de devedores, retração do consumo, uma redução drástica das vendas em todos os setores, resultando na atividade comercial em queda.
Infelizmente esse cenário não é uma exclusividade do Rio Grande do Sul, está em todas as partes de nosso país que, devido às políticas equivocadas de distribuição de tributos e aplicação incorreta de recursos públicos.

A tendência é de que, se nada mudar no plano econômico, as placas das imobiliárias venham a expandir sua presença em mais pontos das cidades, com consequente aumento das áreas de miséria e da criminalidade, pois sem empregos formais, o crime é uma opção que se apresenta para os milhares de desempregados para garantirem sua sobrevivência, praticando atividades ilícitas.

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