Sobrevivendo a cada dia
Ser policial é acordar diariamente, ter um pouco de convivência com a famÃlia, talvez um café rápido, uma conversa com troca de algum carinho com os parentes, colocar a armadura imaginária que vai proteger o corpo de qualquer tipo de agressão ou violência.
Chegar ao local de trabalho, receber as informações e sair em busca de criminosos que estão lá na rua, praticando crimes, agredindo pessoas, apropriando-se de patrimônio alheio, numa rotina de causar danos à s pessoas e levar tristeza para famÃlias, as quais são vÃtimas destes inimigos da ordem dentro da sociedade.
Rodar em viaturas, muitas em condições precárias, por ruas onde nenhum outro veÃculo é capaz de chegar para prestar serviço público para a sociedade, receber xingamentos da população quando precisa prender algum criminoso que mora na comunidade, mas que reclama quando a polÃcia está ausente.
Um policial nunca sabe o que vai encontrar nas ações diárias, onde terá que agir e verificar informações da prática de crimes, sendo difÃcil saber quem são os criminosos ou moradores nas residências onde entra durante as operações policiais, podendo ser atingido e perder sua vida.
Mas voltando no tempo, consigo lembrar os muitos anos em que trabalhei, juntamente com tantos outros profissionais da polÃcia que não tinham coletes à prova de balas, nem armamento com poder de fogo para combater o crime, erámos idealistas, como costumam serem os policiais, que vivem para proteger a sociedade.
Policiais são heróis anônimos que percorrem as cidades, vigiando ruas e residências, protegendo as vidas e o patrimônio, numa ação diária de sair de sem saber se voltam para seus lares, pois a morte é uma ameaça constante.
No recente caso do policial civil, morto em GravataÃ, ficou exposta toda esta realidade, onde os policiais sobrevivem a cada dia, assim fico feliz de ter conseguido trabalhar na Brigada Militar e ser um sobrevivente desta rotina de crime e violência.