Sexta-Feira, 24 de Março de 2023 |

Colunista


Conversando sobre o cotidiano


Paulo Franquilin


franquilin.pc@gmail.com


Dias de insegurança

A insegurança começa no plano político, em nível nacional temos um presidente acuado por denúncias de corrupção, com instabilidade no sistema legislativo nacional, aprovação de medidas desfavoráveis à maioria da população, enquanto no nível estadual, temos um governo que ainda patina para pagar salários em dia, aprovando medidas paliativas para resolver os problemas do Estado.

Há insegurança também na questão do trabalho, com 14 milhões de desempregados, com fechamento de inúmeras empresas, com uma crise no comércio e na prestação de serviços, com muitas famílias tendo dificuldades para satisfazer necessidades básicas de alimentação, educação e saúde, há inúmeros problemas de infraestrutura, obras inacabadas e crescimento das zonas de pobreza.

Recebemos inúmeras informações desagradáveis, principalmente quando o tema é segurança pública, com acontecimento de mortes e crimes, enquanto os operadores do sistema, principalmente brigadianos e policiais civis, tem desvalorização profissional, por parcelamento de salários e perda de vantagens no âmbito constitucional.

O aumento da violência tem diversos fatores. Um deles é a defasagem do número de policiais nas ruas, com ausência de policiamento em muitos locais das cidades gaúchas, onde normalmente havia a presença dos policiais.

Outro fator é a falta de vagas no sistema prisional, que acarreta o emprego de policiais civis e militares na custódia de presos, que aguardam transferência para os estabelecimentos penais, com diminuição de viaturas circulando nas ruas e dificuldades para atender as demandas das delegacias.
Na realidade tudo está intercalado e contribui para a insegurança: economia em crise, desemprego, falta de investimentos em habitação e saneamento, governos que não conseguem cumprir suas funções, população que não tem atendidas suas necessidades, crescimento desordenado das cidades, somados a denuncias de corrupção, desvios de dinheiro público e desprestígio aos funcionários públicos.

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