Patrimônio público desperdiçado
Nos últimos anos, com a troca da política econômica em nível federal, tivemos mudanças significativas nas administrações estaduais que passaram a procurar resolver os problemas econômicos com a extinção e venda de empresas públicas, visando equilibrar as contas públicas, onde os governos gastam mais do que arrecadam.
Empresas públicas são patrimônio público construído com dinheiro dos contribuintes criado por diferentes governos com objetivo de realizar tarefas e atividades que não eram lucrativas para a iniciativa privada, mas com o passar dos anos, mudando os cenários, despertaram interesse dos empresários.
Muitas com décadas de história fazendo serviços para a população, com enormes investimentos públicos, simplesmente são vendidas por preços que nem cobrem o que foi investido, com prejuízo para governos e população.
Interessante é que as empresas são vendidas, o dinheiro entra, mas não acaba com o problema dos caixas desequilibrados, mas a fórmula sempre volta, conforme o governo que assume, resolve vender as empresas públicas, mesmo que não sejam deficitárias.
Agora o Rio Grande do Sul repete a fórmula extinguindo várias empresem públicas, acabando com a prestação de serviços, sem nenhuma perspectiva de solucionar a crise econômica, com a previsão de um rombo bilionário no orçamento estadual.
No nível federal, há proposta de uma moratória no pagamento das prestações da dívida do governo gaúcho com a União, durante três anos, com exigências de venda das empresas públicas, no mesmo modelo apresentado para outros Estados endividados que não conseguem equilibrar suas contas.
Enquanto isso a população assiste ao patrimônio público sendo dilapidado, com inúmeros escândalos de corrupção, gastos enormes para manter uma máquina pública que não atende as necessidades básicas, mas que continua a aumentar impostos e exigir mais dinheiro público para gastar.
Pior é assistir os legisladores aprovando medidas prejudiciais à população em troca de emendas parlamentares, ou seja, trocam investimentos em suas bases com o dinheiro público, enquanto aprovam medidas que aumentam a arrecadação, numa troca de favores entre o poder Executivo e o Legislativo.