Quarta-Feira, 22 de Maro de 2023 |

Colunista


Conversando sobre o cotidiano


Paulo Franquilin


franquilin.pc@gmail.com


A morte de Hugo Chávez pegou a todos de surpresa, apesar de sabermos de sua enfermidade, um câncer que o consumia, mas que não o impediu de assumir a presidência da Venezuela hospitalizada em Cuba.
Seu sucessor é um discípulo que vai manter os mandos e desmandos de Chávez, afinal os venezuelanos adoram o líder morto, prova disto são as imensas filas que se formaram deste a última terça-feira para poderem ver seu presidente pela última vez.
Cogita-se em embalsamar o morto, para que fique presente olhando pela Venezuela, aliás, sempre que morre um líder seus seguidores logo querem perpetuar sua vida, agindo como se a morte não acabasse com a pessoa, que ela continuasse vivendo entre nós e tomando decisões.
O povo normalmente é levado a acreditar nestas santificações políticas, como se os políticos, depois de mortos, tivessem perdoados todos os seus pecados, assim Chávez está sendo tratado, não haverá espanto se surgirem milagres com a intervenção de Hugo.
Enquanto em Roma os cardeais ficam enclausurados escolhendo um sucessor para Bento XVI, em Caracas os “cardeais” já escolheram o sucessor de Hugo Chávez, o próprio Chávez que continuará liderando o país, com suas ideias e presença, embalsamado e endeusado pelos seguidores.

Viva! Habemus Chávez!

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