Sábado, 01 de Abril de 2023 |

Colunista


Conversando sobre o cotidiano


Paulo Franquilin


franquilin.pc@gmail.com


Projetos de final de ano na Assembleia

A Assembleia Legislativa vai ter muito trabalho até o final do ano, pois precisará apreciar, aproximadamente, cinquenta projetos encaminhados pelo Executivo antes do recesso parlamentar que deve acontecer no final de dezembro.

São projetos que envolvem tantos assuntos, das mais diversas áreas, mexendo em muitas estruturas, mudando legislações e até mesmo alterando a Constituição Estadual, tudo encaminhado várias vezes durante o ano, mas agora enviados visando aprovação rápida.

Muitos assuntos nem foram analisados profundamente pelos legisladores, havendo muitas reuniões entre parlamentares e integrantes do governo, visando ajustar uma votação favorável aos interesses do Executivo, envolvendo desde venda de patrimônio público até mudanças em vantagens de servidores.

Preocupa a maneira como agem todos os governos: sempre enviam uma enxurrada de projetos no final do ano, forçando votações em tempo recorde, sem nenhuma discussão com a sociedade, trancando a pauta da Assembleia e obrigando os deputados a votarem sem muita convicção.

Como, geralmente, a maioria dos deputados é da situação, os projetos governamentais são aprovados, com acordos entre as lideranças, numa rotina de isolamento dos legisladores dos interesses da coletividade, com a preocupação em manter cargos e vantagens.

Ao longo do governo Sartori tudo está sendo aprovado: extinção de estatais, perda de vantagens dos servidores e mudanças em diversas legislações, as quais alteraram a vida dos gaúchos em vários aspectos, mas que não tiveram análise criteriosa dos deputados.

Nós, o povo gaúcho, somos reféns deste modelo legislativo que vota conforme interesses momentâneos dos governos, não há projetos que melhorem os serviços públicos, diminuam a carga tributária, atraiam indústrias para o Estado, simplesmente resolvem o problema da hora, sem preocupação com os futuros administradores gaúchos.

Um exemplo disto é a criação da Empresa Gaúcha de Rodovias (EGR) no governo Tarso e agora a extinção de Corag e outras estatais, ou seja, cada governo muda as legislações conforme interesses de seus integrantes.

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