Quinta-Feira, 30 de Março de 2023 |

Colunista


Conversando sobre o cotidiano


Paulo Franquilin


franquilin.pc@gmail.com


Intervenção militar

O recente episódio da intervenção militar no Rio de Janeiro vem atestar a total incapacidade dos gestores públicos daquele estado no gerenciamento do setor de segurança pública.

Tudo começa quando as polícias, em determinado período são orientadas a não subirem nos morros, deixando o território livre para os criminosos, visando cumprir um acordo entre governantes e os líderes do tráfico.

Depois com a troca do ocupante da cadeira de governador, começam as experiências para pacificar as comunidades, com a criação de Unidades de Polícia Pacificadora, colocando policiais militares em locais estratégicos das favelas cariocas.

Os experimentos tem duração curta, logo os traficantes retomam as suas posições, as polícias recuam, vem a Copa do Mundo e as Olímpiadas, com o acréscimo de integrantes das Forças Armadas no combate ao crime.

Passados os grandes eventos, quando todos lucraram, inclusive os traficantes de drogas, pois venderam muito, há uma mudança, com redução dos efetivos policias e aumento do poderio de fogo dos criminosos.

Quando os ex-governadores passam a figurar como réus em casos de corrupção vem à tona muitos desvios de dinheiro público, inclusive destinados à segurança pública, que não foram aplicados de forma correta.

Depois vem a crise econômica do Rio de Janeiro, quando os salários dos servidores deixam de ser pago por meses, expondo mais ainda o problema da má gestão do setor público, com policiais sem dinheiro para sua sobrevivência e expostos a trabalhar sem condições, com falta de equipamentos e veículos.

Durante o carnaval a violência chegou aos bairros nobres e turísticos, assustando os administradores públicos, com notícias de arrastões contra turistas estrangeiros, prejudicando o turismo, uma das áreas mais lucrativas do Rio de Janeiro.

Com este cenário o governo federal interviu no Rio de Janeiro, que passa a ter um governador que administra todas as secretarias, exceto a segurança pública, que fica a cargo de um general do Exército, o qual só precisa se reportar para o presidente Temer.

Interessante o governador Sartori ficar atento, pois se a moda pega, vai ficar sem comandar a segurança pública.

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