Preparando o terreno
Ano eleitoral é sempre igual, começa como se nada fosse acontecer, mas algo vai sendo alterado, pois os políticos já planejam as estratégias para conseguirem chegar ao eleitor, claro que essa aproximação ocorre somente agora, quando precisam do voto para continuar nos seus cargos.
Os do Executivo, presidente e governadores, desencantam obras que começam a acontecer de forma acelerada, com inúmeras inaugurações e entrega de materiais, nomeação de novos funcionários, concessão de aumento de salários para os funcionários públicos e outras ações que não ocorrem nos anos anteriores.
Aqueles que estão no Legislativo, senadores e deputados, começam a distribuir recursos para suas bases eleitorais, também com obras e ações que chamem a atenção dos eleitores, aprovando leis simpáticas à população, tudo organizado para conseguir os votos.
Não se pode esquecer da distribuição de alimentos e utensílios domésticos em diversas partes do país, com realização de eventos “beneficentes” divulgando as logomarcas de governos e partidos, num crescendo até chegar outubro.
Nossa população passa por este processo em cada período eleitoral, ouve as mesmas promessas e acaba acreditando nos mesmos candidatos, que se especializam em ser populares, indo aos locais abandonados pelo poder público e falando o que as pessoas querem ouvir.
Promessas de novas escolas, com mais espaço para o lazer, com praças organizadas, mais professores, construção de hospitais e clínicas junto às comunidades, com contratação de médicos e, claro, mais viaturas e efetivos para proteger as pessoas.
Tudo se repete, mas nada muda, apenas somos iludidos por novas promessas, com discursos repetitivos e acenos de mudanças, com os mesmos políticos e partidos, que vão se revezando no poder.
Aguardem que o terreno já está sendo preparado para que possamos receber a propaganda eleitoral gratuita na televisão, pois a distribuição de milhões de antenas e conversores digitais para quem participa dos programas sociais do governo é mais uma arma para os políticos usarem para “comprar” os votos dos menos favorecidos.