Domingo, 26 de Maro de 2023 |

Colunista


Conversando sobre o cotidiano


Paulo Franquilin


franquilin.pc@gmail.com


Passagem mais cara do Brasil

Porto Alegre chegou ao topo do ranking por ter a passagem de ônibus mais cara entre as 10 maiores capitais do Brasil, graças ao último aumento da tarifa, atingindo o valor de R$ 4,30, acrescentando 25 centavos a cada viagem dos usuários.

O aumento proposto era maior, chegava ao valor de R$ 4,50, mas foi “reduzido” pela manobra de retirar isenções e vantagens de diversos setores que tem este benefício, numa manobra para colocar a população contra idosos, estudantes, professores, carteiros e brigadianos.

Ainda há a proposta de reduzir o número de cobradores, acabando lentamente com este importante auxiliar do motorista, que ajuda a controlar o interior dos coletivos, pagamentos e, até mesmo, auxiliar nas manobras no trânsito.

Além disto, tem propostas de limitar número de viagens, deixar professores sem gratuidade, idosos de 60 a 64 anos perdem a vantagem, necessidade de confecção de cartões para brigadianos e carteiros, ainda permitindo que a idade de frota seja ampliada para 12 anos.

Sendo o valor da passagem mais cara do Brasil, teríamos que ter o melhor transporte público do país, porém não é a realidade, temos ônibus sucateados, sem conforto para os passageiros, além de corredores inadequados, paradas desconfortáveis, algumas com moradores de rua alojados.

Nossa cidade é um canteiro de obras da Copa de 2014 que ainda não acabaram, inclusive com reforma de diversos corredores de ônibus, para poderem atender os BRT, que ainda não começaram a circular, talvez nem sejam implantados.

Temos uma cidade atrasada, que não consegue melhorar o transporte público, sem um metrô subterrâneo, um transporte eficiente e rápido, existente em várias capitais brasileiras, que além de melhorar a qualidade de vida, diminui custos.

Estamos presos ao modelo de ônibus pequenos, com baixa velocidade, atrasos nos cumprimentos de horários das viagens, descontrole da manutenção da frota e desvalorização dos trabalhadores rodoviários, sendo que este modo de funcionamento está instalado em todos os municípios do Rio Grande do Sul.

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