Domingo, 04 de Junho de 2023 |

Colunista


Conversando sobre o cotidiano


Paulo Franquilin


franquilin.pc@gmail.com


Desobedecendo as regras

A Copa do Mundo acabou para a seleção brasileira, que depositava todas suas esperanças num jogador que virou chacota mundial por seus fiascos quando era tocado pelos adversários, fazendo com que os juízes deixassem de marcar faltas.

A simulação visando levar o árbitro a marcar faltas e penalidades máximas é uma prática comum nos jogadores brasileiros, mas no caso de Neymar chegaram ao exagero, com cenas que beiraram um teatro sem graça.

Nossos jogadores, acostumados em obter vantagens com suas simulações, tentaram enganar os juízes, que usando uma nova tecnologia, o árbitro de vídeo, conseguiram evitar favorecimentos indevidos à nossa seleção, principalmente em lances nas áreas adversárias.

Tínhamos estrutura para ganhar da Bélgica, ótimos jogadores, porém a soberba tomou conta de nosso time, não modificamos nossa forma de jogar, insistindo nas mesmas jogadas que não deram certo contra adversários mais fracos.

Nossa seleção foi incompetente, vencendo com dificuldades adversários fracos, perdendo para uma seleção belga que não teve nenhuma marcação especial, com o técnico insistindo com jogadores que não davam resposta, sem fazer modificações com os reservas que dispunha.

O rodízio de capitães, outra invenção, colocou a braçadeira em jogadores que não tinham perfil para tal função, inclusive repetindo um capitão que foi um fracasso na copa anterior, aliás nem deveria ter ido à Rússia.

Na realidade nossa seleção não empolgou, fomos torcendo para que desse certo, pois tínhamos um retrospecto positivo, éramos favoritos, mas na hora da verdade, nossos “craques” não corresponderam.

Talvez se chegássemos a final, tudo passaria despercebido, estaríamos comemorando um hexacampeonato, mas diante do fracasso deste grupo, com vários que estavam em 2014 no maior fiasco de nosso futebol, fica difícil entender as escolhas da comissão técnica.

Quem sabe em 2022 tenhamos jogadores mais comprometidos, em melhores condições físicas e que não tentem burlar as regras do jogo, simulando para obter vantagens, conseguindo nosso hexa com dignidade e organização tática e técnica.

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