Bolsonaro e Trump
O encontro, ocorrido em 19 de março, entre os presidentes Jair Bolsonaro e Donald Trump foi um momento histórico, numa reaproximação de dois paÃses que estavam afastados pelas diferenças das propostas polÃticas que estavam no poder, de cunho mais socialista, colaborando com paÃses como Cuba e Venezuela, onde o poder estatal é mais forte e centralizado.
O atual governo do paÃs prega a valorização da propriedade privada e do sistema econômico centrado na livre iniciativa, com interferência mÃnima do Estado e a privatização de tudo que não seja, no entendimento dos governantes, prioridade do governo federal.
Donald Trump é um defensor de seu paÃs, inclusive com a proposta de erguer um muro, ao longo da fronteira com o México, para que estrangeiros não entrem em solo americano, além de pregar a valorização dos produtos dos Estados Unidos, em detrimento dos que venham de outros paÃses.
Jair Bolsonaro elegeu-se pregando a valorização da pátria brasileira, a defesa dos sÃmbolos nacionais e valores tradicionais, numa semelhança com o ideário de Trump, com ambos defendendo polÃticas armamentistas.
O encontro foi no Salão Oval da Casa Branca, onde os presidentes foram acompanhados de intérpretes, o filho do presidente, o deputado federal Eduardo Bolsonaro, o conselheiro de Segurança Nacional americano, John Bolton e a porta-voz da Casa Branca, Sarah Sanders, com portas fechadas, sem acesso à imprensa.
Alguns assuntos tratados foram: a utilização da Base de Alcântara pelos Estados Unidos; a entrada do Brasil, como paÃs desenvolvido, na Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE); o fim da exigência de visto para que americanos entrem no Brasil e, ainda, a crise na Venezuela.
Não podemos saber se resultados do encontro serão bons para o Brasil, já que Bolsonaro portou-se como um fã de Trump, como se não estivesse em igualdade de condições para tratar com o mandatário americano.