Quinta-Feira, 30 de Março de 2023 |

Colunista


Conversando sobre o cotidiano


Paulo Franquilin


franquilin.pc@gmail.com


Amazônia e as queimadas

O ser humano na sua evolução passou a modificar o meio ambiente, deixando de preservar os recursos naturais, desde os primeiros assentamentos humanos houve a destruição da vegetação e afastamento dos animais selvagens.

Na Europa as primeiras aldeias foram construídas em pontos estratégicos, evoluindo para cidades, chegando no século XVIII, a Revolução Industrial, com fábricas que usavam motores alimentados por carvão vegetal, através da queima da madeira das florestas européias.

Esta prática devastou grande parte das florestas nativas do continente europeu, havendo também a exploração das áreas das colônias para matérias-primas, expansão agrícola e pecuária, com a conseqüente derrubada de enormes áreas florestais.

No Brasil a colonização iniciou no litoral, sendo destruída a Mata Atlântica para a criação dos espaços urbanos, havendo, ao longo dos séculos a devastação de outras florestas tropicais, ficando a Amazônia protegida pela sua distância e dificuldade de acesso.

No início do século XX, com o desenvolvimento da indústria automobilística americana, fez com que houvesse interesse no látex das seringueiras amazônicas, com acordos entre Brasil e Estados Unidos para a produção da borracha.

Nos anos 1960, com a construção de Brasília, começou a interiorização do país, sendo incentivada a expansão agrícola e pecuária para as regiões Centro-Oeste e Norte, iniciando a devastação de enormes áreas da Amazônia para a agricultura e pastagens.

Além disso, foram construídas estradas que atravessaram a floresta, para escoamento da produção agrícola, havendo incremento da exploração do subsolo, para a retirada de minérios por empresas nacionais e multinacionais.

Chegamos a agosto de 2019, com um aumento das áreas atingidas por queimadas na Amazônia, causando alvoroço dos europeus, os quais destruíram todas as suas florestas para a industrialização, mas agora estão preocupados com as nossas, que nós, brasileiros, aprendemos a destruir com nossos colonizadores.

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