Sexta-Feira, 24 de Março de 2023 |

Colunista


Conversando sobre o cotidiano


Paulo Franquilin


franquilin.pc@gmail.com


Do que precisamos

Chegamos a mais um final de ano, com todas as nossas esperanças depositadas nos próximos doze meses de 2020, imaginando que na noite mágica da virada tudo vai se modificar e nossos problemas acabarão assim que mudar a data no calendário.

Uma ilusão que nos move a todos os anos repetir as mesmas promessas e esperar que o novo ano tenha mais progresso em nossas vidas, num eterno repetir de pedidos para que tenhamos mais dinheiro, mais sorte, progresso pessoal e profissional, além de muita saúde.

Quantos pedem para que possam trocar seus carros luxuosos, suas casas suntuosas e mudar para um novo modelo de celular, enquanto outros simplesmente querem poder se locomover, um teto para se abrigar e conversar com as pessoas.

Esquecemos de agradecer pelas coisas mais simples e cotidianas que são importantes e sem as quais nada do que adquirimos de material vai substituir, assim quando temos um problema de saúde é que vemos a insignificância de nossos bens materiais.

Mas devido a nossa vida consumista e de exibição vamos deixando de lado as pessoas, nossos amigos, numa substituição por uma vida digital que nos satisfaz momentaneamente, sem nenhuma validade prática no nosso viver, sendo muitas vezes desconsiderado o conviver com os outros.

Nos tornamos seres solitários e egoístas, preocupados apenas com nossas futilidades diárias, sem nenhuma preocupação com os demais, sem repartir alegrias, numa rotina de correr contra o tempo para adquirir muitos bens desnecessários.

Precisamos realmente é de muita alegria no convívio com pessoas positivas, uma alimentação que nos mantenha saudáveis e ativos, um lugar onde possamos descansar e repartir momentos felizes com nossas famílias e uma fonte de renda que permita comprar as nossas necessidades básicas.

Tomara que no próximo ano tenhamos mais simplicidade e humildade, com as pessoas notando que existem muitas formas de felicidade, principalmente nas relações com pessoas e grupos que nos tragam alegria, fugindo do inútil mundo digital.

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