Greve Policial
O Brasil recomeça a funcionar depois do Carnaval, convulsionado por uma greve na PolÃcia Militar do Ceará e, após uma dezena de dias houve aumento das mortes naquele Estado, cujas causas estão sendo replicadas em outras unidades da Federação, inclusive no Rio Grande do Sul.
Os motivos são uma desvalorização do trabalho da segurança pública, com salários defasados e inúmeras perdas de vantagens, além de governos despreocupados com os altos Ãndices de mortes dos policiais militares no combate ao crime.
Há um processo para desacreditar o trabalho das polÃcias no Brasil, com notÃcias tendendo a mostrar cada conflito com tiros como sendo responsabilidade dos profissionais da segurança, como se os criminosos fossem inocentes que são agredidos sem justificativa.
O número de policiais militares é de aproximadamente um milhão de servidores em todo paÃs, que atendem mais de cinco mil municÃpios e suas populações, havendo neste universo de pessoas alguns profissionais envolvidos com a criminalidade.
No entanto há uma generalização negativa, o que prejudica a maioria honesta e técnica preocupada em garantir a normalidade no cotidiano daqueles moram, estudam e trabalham, garantindo a segurança pública e o cumprimento das leis.
Os governos estaduais não padronizam salários e legislações, havendo inúmeras distorções e uso polÃtico desta área tão sensÃvel durante as eleições, com promessas de queda dos Ãndices de criminalidade e aumento dos efetivos policiais nas ruas, as quais, normalmente, não são cumpridas.
Enquanto efetivos do Exército e Força Nacional estão no Ceará, em BrasÃlia o governo federal estuda mudanças legislativas que garantam uma padronização salarial e da prestação dos serviços, tirando dos governadores a autonomia para definir como devem funcionar suas polÃcias.
Espero que as mudanças, se ocorrerem, venham para valorizar os bons profissionais e melhorar a prestação do serviço de segurança pública para todos os brasileiros.