Eleições municipais
Nosso sistema atual para eleição dos integrantes dos poderes Executivo e Legislativo foi dividido em duas partes, sendo que prefeitos e vereadores são eleitos separadamente do presidente, senadores e deputados, tanto federais, como estaduais, com campanhas precisando ser realizadas a cada dois anos.
A eleição de 2020, que deveria estar em pleno andamento, foi suspensa devido à Covid-19, mudando todo planejamento de partidos e candidatos, havendo preocupação na prevenção e combate à doença, com discursos voltados para este tema, enquanto as demandas anteriores foram esquecidas.
Há temor de que os candidatos à s prefeituras e câmaras de vereadores centralizem seus discursos na pandemia, nas mortes e estruturas construÃdas para combate ao vÃrus e também as questões da economia, com desemprego e empresas fechando suas portas.
Os outros problemas que sempre estão nos discursos dos candidatos: educação, segurança e infraestrutura das cidades, se as eleições fossem realizadas no prazo normal, seriam esquecidos, sendo a saúde, especificamente o coronavÃrus, o tema central dos debates.
Alguns sugeriram que os mandatos sejam estendidos até 2022, com prefeitos e vereadores ficando seis anos em seus cargos, enquanto outros apenas querem que o pleito seja adiado, pois há previsão de que os casos da doença diminuam gradativamente, sendo possÃvel a realização de campanhas e eleições.
A posse do ministro LuÃs Roberto Barroso como novo presidente do Tribunal Superior Eleitoral, no dia 25 de maio, colocou sobre ele a responsabilidade de definir como serão as próximas eleições, visando, principalmente, evitar riscos à saúde pública.
Convenções partidárias, campanhas eleitorais e a votação são situações de aglomeração que devem ser evitadas neste momento, cabendo aos futuros candidatos entenderem o que a população precisa ser protegida e não usada para seus interesses em assumir o poder.