Domingo, 26 de Março de 2023 |

Colunista


Conversando sobre o cotidiano


Paulo Franquilin


franquilin.pc@gmail.com


Ser ex-pm

Na condição de cidadão posso constatar que sempre que leio, vejo e escuto notícias envolvendo ex-policiais militares, geralmente, trazem isto como importante para dar mais visibilidade ao noticiado, ser ex-pm merece um destaque especial na prática de crimes.

Na condição de policial militar fico muito chateado, pois os ex-pm são aqueles que foram expulsos da Brigada Militar, após condenação judicial, por terem praticado crimes, ou seja, pessoas retiradas da instituição por não merecerem o título de policiais militares, indignos de usarem a farda brigadiana.

Alguns ex-pm pediram demissão da instituição para seguirem outras profissões ou por entenderem que não se enquadravam na profissão, outros pediram demissão voluntária, quando isto foi oferecido pelo Estado.

Não vejo na mídia citarem o ex-advogado, o ex-engenheiro, o ex-médico quando pessoas que tiveram estas profissões cometem crimes, seria interessante ler tais citações, acho que os profissionais destas áreas não gostariam de vincular criminosos às suas profissões.

Vejo também na mídia a citação de ex-prefeito, ex-governador, ex-secretário, quando temos fatos positivos, pois estas funções públicas são relevantes e aqueles que por elas passaram guardarão para sempre isto ao seu currículo como destaque, ou seja, o outro lado de ser um ex.

Cabe pedir que quando citarem o ex-pm, procurem salientar por que ele é um ex-policial militar, em que condições deixou a instituição, para valorizar todos os brigadianos que cumprem suas jornadas exaustivas no combate ao crime.

Quando escrevemos e falamos manifestamos nossas opiniões e deixamos a quem lê, ouve ou vê a decisão de concordar ou não com o que está colocado, afinal também entendo da necessidade do jornalista em exprimir sua verdade à população.

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