Bandeiras pretas
Chegamos ao momento crÃtico, segundo as autoridades gaúchas, numa pandemia que se arrasta por quase um ano, sendo adotado um sistema de bandeiras para determinar o risco de contágio para a população, conforme dados enviados semanalmente.
Os critérios são muitos, incluindo o número de leitos nas Unidades de Tratamento Intensivo (UTI), os quais estão com sua capacidade no limite, além disso, há também que se levar em conta os profissionais de saúde, necessários para cuidar dos pacientes.
As cidades gaúchas não têm estrutura nem para atender as demandas normais, pois antes da pandemia já tÃnhamos pessoas lotando as emergências pelos mais diversos motivos, sem haver investimentos em novos hospitais.
As bandeiras pretas no mapa do Estado parecem mostrar a face da morte que estão rondando nossas vidas, mas muitos prefeitos não querem adotar medidas drásticas, preocupados mais com a economia do que com as pessoas.
Ainda temos que questionar para onde foram as verbas enviadas pelo governo federal para o governador e nossos prefeitos para o combate à Covid-19, pois não parece haver investimentos em novos leitos neste longo ano.
Ficamos fechados em nossos lares, afastados de nossos familiares e amigos, vivendo com medo, evitando o contato com outras pessoas, com perÃodos de liberação geral, eleições, festas de final de ano e veraneio tivemos aglomerações permitidas pelos gestores.
Chegamos ao final de fevereiro com toque de recolher, fechamento do comércio e mais restrições à liberdade, sem nenhuma possibilidade de lazer durante a noite, sendo que nos isolaram em nossas casas.
As bandeiras pretas estão sendo desconsideradas pelos gestores municipais, sendo transformadas em vermelhas com critérios não muito claros, confundindo as populações, pois cada cidade tem sua escolha, conforme a vontade do prefeito.
Somos reféns de decisões polÃticas que não levam em conta o caos na rede de saúde.
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