Quarta-Feira, 22 de Março de 2023 |

Colunista


Conversando sobre o cotidiano


Paulo Franquilin


franquilin.pc@gmail.com


Precisa ocupar a mente

O ser humano, possivelmente, é o único animal com a capacidade de entender o abstrato, usando sua imaginação para criar outras realidades, além daquilo que seus sentidos físicos podem perceber.

Nossa habilidade intelectual permitiu que a humanidade saísse de suas características ligadas à natureza e passasse a viver em estruturas inventadas por nossos antepassados, reunindo-se em grupos.

As aldeias ampliaram-se, tornaram-se vilas, depois castelos e, modernamente, temos as cidades e metrópoles, ampliando os espaços de convívio entre os mais diferentes grupos, com os mais diversos interesses.

O trabalho ligado à agricultura e pecuária foi inventado, através da observação das condições climáticas e evolução dos animais e plantas, que tinham mais a ver com a sobrevivência da espécie.

Aquilo que o ser humano não conseguia explicar, racionalmente, passou a ser explicado pela imaginação, criando mitos e lendas, passados às próximas gerações e se adaptando às novas situações que surgiam.

A religião foi criada e os deuses passaram a existir, depois vieram as pequenas manufaturas, as criações para facilitar o trabalho e permitir que houvesse a diversão e o trabalho intelectual.

Na atualidade há muito mais uso do intelecto do que da força, principalmente nos centros urbanos, sendo necessária a adaptação aos diversos meios para que possamos desenvolver nossas habilidades intelectuais, fugindo dos problemas e da vida real.

Precisamos aliviar nossas tensões, ocupando nossas mentes, imaginando, lendo histórias, escutando músicas, acompanhando a programação das televisões, filmes, séries e documentários.

Somente assim conseguiremos vencer a dura realidade em que vivemos, com muita tristeza, isolados em nossos lares, esperando que tudo passe e possamos, talvez, retornar a sentir a vida palpável, convivendo com as outras pessoas.

O mundo virtual pode ser bom, mas nossa imaginação não supera a verdade de um abraço ou uma boa conversa ao vivo.

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