Quinta-Feira, 30 de Maro de 2023 |

Colunista


Conversando sobre o cotidiano


Paulo Franquilin


franquilin.pc@gmail.com


Mentiras ou verdades

Nos primórdios da civilização a verdade era aquilo que os sentidos podiam verificar e entender, de forma que as convicções eram fáceis e não havia como contradizer o que a realidade mostrava ao redor das pessoas.

Aquilo que não era possível explicar criou formas de interpretar e adaptar aos sentidos, buscando formar verdades que eram transmitidas para as futuras gerações, criando uma consciência coletiva.

Mas em determinado momento, alguém decidiu inventar algo diferente da realidade ou para não magoar outros, começou a dizer aquilo que iria confortar ou evitar discussões.

A criação de crenças formou muitos tipos de dogmas e rituais, seguidos sem contestação, apenas pela aparente resolução dos problemas das civilizações, havendo disputas baseadas nas religiões.

Os deuses foram uma invenção humana para explicar aquilo que não era concreto, sendo a base para que atos violentos fossem justificados por obedecer à vontade das divindades.

Com a ampliação dos territórios e descoberta de novas tecnologias para transmitir as informações, a divulgação de todos os assuntos foi ampliada, atingindo um maior número de pessoas, com surgimento de escritas diversas.

O surgimento do rádio e depois da televisão permitiu surgirem verdades para todos os lugares, depois a televisão juntou imagens aos sons, convencendo as multidões do que acontecia no mundo.

Chegamos a era dos computadores e uma rede mundial, com informações atingindo, instantaneamente, milhões de pessoas, levando mentiras como verdades, não sendo possível conferir o que nos é transmitido pelas telas.

O pátio de nossas casas agora é o mundo, assim sabemos notícias da Ásia, África, Europa, Oceania e América, numa evolução do que acontecia em pequenos grupos no início da civilização.

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