Quinta-Feira, 30 de Maro de 2023 |

Colunista


Conversando sobre o cotidiano


Paulo Franquilin


franquilin.pc@gmail.com


Dengue

A doença que está em evidência agora é a dengue, que já estava sob controle em nosso país, porém devido às pessoas deixarem de cuidar de detalhes em suas residências permitiu que as contaminações voltassem a surgir.

A transmissão do vírus da dengue acontece, principalmente, pela picada do mosquito Aedes aegypti, mas também pode ocorrer através de sangue e derivados infectados, sendo possível que muitas pessoas sejam contaminadas por um único inseto.

Depois de dois anos de uma epidemia de coronavírus, a dengue reapareceu como doença endêmica no país, depois de ter sido erradicada nos anos 1990, quando aconteceram campanhas educativas para prevenir a doença.

O Aedes coloca seus ovos em recipientes que acumulem água, assim se as pessoas evitarem acumular material nas residências, não haverá locais com água parada e, consequentemente, o depósito de ovos do mosquito.

Os primeiros registros de dengue aconteceram na China, por volta do ano 300, sendo que o registro de epidemia ocorreu no ano de 1779, havendo propagação da doença pela África, Ásia e América do Norte.

O comércio de escravos é apontado como um dos fatores por espalhar a doença por todos os continentes, aumentando em escala mundial após a Segunda Guerra, quando surgiu a dengue hemorrágica, a forma mais grave da doença.

No Brasil a primeira epidemia ocorreu nos anos 1850, no estado de São Paulo, sendo que nos anos 1920 ocorreu a última epidemia no Rio de Janeiro, sendo que até os anos 1980 a dengue foi controlada, principalmente pela eliminação do mosquito Aedes aegypti, por campanhas de erradicação da febre amarela.

No ano de 2015 ocorreu o maior surto de dengue no Brasil, com 2 milhões de casos e 900 mortes, sendo que a doença foi reconhecida como epidêmica há 200 anos, não existindo vacina, a única forma de prevenção é a eliminação do mosquito.

Infelizmente a população parece ter se acostumado a saber dos números de infecções e mortes, depois de dois anos ouvindo que brasileiros estavam doentes ou morrendo de Covid-19.

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