Quinta-Feira, 23 de Março de 2023 |

Colunista


Conversando sobre o cotidiano


Paulo Franquilin


franquilin.pc@gmail.com


Boate Kiss dez anos depois

No dia 27 de janeiro de 2013 a idade de Santa Maria foi palco da maior tragédia envolvendo um incêndio numa casa noturna no Brasil, cujo resultado foi a morte de 242 pessoas e centenas de vítimas das sequelas, decorrentes das chamas e fumaça, inclusive com outras mortes vindo a ocorrer.

Os culpados até hoje não foram responsabilizados e, aos parentes das vítimas fica a sensação de não haver sido realizada a justiça pelas mortes, decorrentes da armadilha em que se transformou o prédio, sem saída para as mais de mil pessoas que estavam na boate.

A dúvida que paira é se a tragédia poderia ser evitada, caso autoridades, proprietários e os integrantes da banda, que se apresentava naquela noite sinistra, tivessem tomado as medidas corretas para prevenir o incêndio.

Os vitimados pelo fogo, pela asfixia e pelo esmagamento, depois que um sinalizador iniciou a queima de todo material inflamável, que não deveria estar no teto da boate, nunca mais voltarão às famílias.

Os familiares não mais poderão abraçar e beijar seus filhos, assim como os dos seguranças, funcionários e integrantes da banda que lá morreram, enterrados num prédio totalmente fechado, sem janelas e com uma única porta para saída.

Uma década se passou e as apurações técnicas levaram a criação de uma nova legislação sobre a prevenção de incêndios, que ainda não se aplica a pleno, mas com previsão de ser implementada totalmente no ano de 2024.

Mas apesar dos 242 mortos a legislação, inicialmente rígida, foi se flexibilizando e permitindo a repetição de alguns dos erros, os quais, espero que não venham a pemitir que ocorra, em outros locais, mais uma marca tão negativa do nosso Estado.

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