Perdi a minha mãe
Minha mãe nasceu no dia 1° de agosto de 1937, no Caverá, em Alegrete, foi batizada com o nome de Vanda, mas devido à prática da época de registrar os filhos, posteriormente, em cartório, foi registrada, no dia 25 de dezembro de 1937, com o nome de Antonina, devido ao esquecimento pelo tio encarregado do registro.
Namorou com meu pai, Avelino e casaram-se em 27 de julho de 1957, iniciando uma historia de amor, que durou 45 anos, pois meu pai, Avelino, faleceu em 14 de março de 2002, ficando sepultado em Alegrete.
Meus pais vieram para Porto Alegre logo em seguida, pois segundo eles na Capital iam progredir, assim passaram a morar no bairro Santana até o ano de 1964, quando minha mãe engravidou de mim, desta forma voltaram para Alegrete, onde nasci.
Voltaram para Porto Alegre no ano de 1966, passando a criar vínculos com a cidade e amigos, permitindo a minha criação e educação, onde pude acompanhar toda a disposição dos meus pais para me darem o melhor possível.
Vi seus sacrifícios para pagar as contas, as limitações que passamos, mas acompanhei também o amor deles e a garra para vencer dos dois, o que me serviu de modelo para formar uma família e dar netos a eles.
Após o falecimento do pai minha mãe permaneceu em Alegrete, segundo ela para aguardar a hora de se juntar a ele, mas aproveitando para viajar e viver bons momentos com familiares e amigos.
Tudo estava bem, porém a pandemia chegou e ela não podia viajar e, em 24 de agosto de 2020, teve um Acidente Vascular Cerebral (AVC), que limitou seus movimentos e tirou sua fala, ficando presa numa cama hospitalar até o dia 22 de março de 2023, quando dormiu e não acordou mais.
Viveu seus últimos anos em Porto Alegre, assim fez sua última viagem à Alegrete, onde a coloquei no mesmo cemitério com o pai, atendendo ao seu desejo, morreu serena como sempre pediu.
Partiu deixando saudades e um sentimento de perda enorme em mim. Agora meus pais estão juntos e alegres.
Descansem em paz!