ESTRADAS COM PEDÁGIO
A nova Empresa Gaúcha de Rodovias (EGR) foi criada há poucos meses com a finalidade de assumir as estradas anteriormente administradas pelas empresas privadas, as quais cobravam taxas para manter as estradas que receberam do Governo do Estado há 15 anos atrás.
Desta operação, ainda em andamento, não vejo nenhuma cobrança das empresas privadas que abandonaram as estradas gaúchas a muito tempo, pois sabiam que iriam perder a concessão. Coube ao Governo do Estado assumir de forma automática uma estrutura defasada pela inércia das empresas privadas.
Os preços cobrados até o ano passado eram abusivos pelo retorno que se via ao rodar pelas estradas. Nenhuma foi duplicada com dinheiro privado, apenas mantiveram a estrutura recebida, com recapeamentos, limpeza de acostamentos e manutenções pontuais. As duplicações que estão em andamento são feitas com dinheiro público.
Os acessos aos municípios próximos às estradas pedagiadas não foram melhorados com dinheiro privado, o que com a EGR será feito com o dinheiro da arrecadação dos pedágios.
Tivemos uma redução no preço dos pedágios, com a perda dos serviços de guinchos e ambulâncias privados. Pelo que se vê parece que temos milhares de carros estragados que necessitam de guincho e de acidentes que precisam de ambulâncias diariamente.
Ao contrário, pelo fluxo de veículos nas rodovias o número de socorros e atendimentos é pequeno não se justificando investir em estruturas públicas para este fim. Saliente-se que as empresas privadas não tinham estrutura em todas as rodovias, mas contratos com empresas terceirizadas, que prestavam serviços quando necessário.
Buracos, asfalto ruim e má sinalização são heranças de uma estrutura privada que não investiu na manutenção das estradas gaúchas. O asfalto precisa ser de boa qualidade para durar alguns anos, devendo ser trocado na totalidade para continuar em bom estado.
Os usuários quando pagam e vêem que vale a pena ficam satisfeitos, com estradas mais seguras e em boas condições para o trânsito, do contrário sentem-se explorados, por pagar para andar em estradas ruins.
Tenho a expectativa de que com a nova empresa pública, aplicando os recursos arrecadados diretamente nas estradas, teremos daqui a alguns anos melhores estradas do que as que tivemos ao longo de quinze anos de exploração da iniciativa privada em nosso Estado.