DEPENDÊNCIA QUÍMICA
Diariamente chegam notícias de mortes decorrentes da ação de motoristas alcoolizados, brigas envolvendo consumidores e traficantes de drogas, violência doméstica decorrente do uso de drogas, mortes de celebridades por overdose de remédios ou drogas ilícitas, além de prática de crimes por indivíduos drogados.
No cerne de tudo isto vem à tona um ponto em comum: a dependência química. Quando o ser humano passa a usar elementos químicos presentes em drogas lícitas ou ilícitas, seu cérebro passa a ter sensações que preenchem o vazio que traz dentro de si.
A origem deste vazio vem de frustrações na infância, traumas mal resolvidos, perdas e falta de estrutura para lidar com as desilusões da vida adulta, passando por não possuir a satisfação de suas necessidades básicas: alimentação e moradia.
Para adquirir uma dependência química basta ter o primeiro contato com a droga, primeiro as lícitas: cigarros, bebidas e remédios. E depois com as ilícitas começando pela maconha, avançando pela cocaína e chegando ao crack.
O cérebro funciona por processos químicos, os quais fazem funcionar todo o mecanismo cerebral, responsável por todas as funções mentais e físicas de nosso organismo.
Estes elementos químicos estão presentes nas drogas, modificando o funcionamento mental, alterando as sensações, aumentando ou diminuindo a velocidade de nosso cérebro.
Perder os valores éticos, a noção de realidade, a obediência às leis e regramentos da sociedade, perda dos laços familiares e venda de objetos para comprar as doses são algumas das consequências do uso das drogas.
Depois de experimentar as drogas e tornar-se dependente delas, superar esta dependência é uma tarefa muito árdua, que requer o apoio da família e a compreensão da sociedade para estes seres humanos.
O processo de desintoxicação dura 21 dias de abstinência com acompanhamento médico e mais um período de nove meses numa entidade pública ou privada para livrar-se da dependência.
Depois viver sem drogas é uma tarefa diária, vendo outras pessoas consumindo bebidas, cigarros e outras drogas, convivendo com propagandas incentivando o consumo e uma sociedade discriminatória.
Dependência química não é crime, mas um problema de saúde e assim deve ser tratada pela sociedade.