Sexta-Feira, 24 de Maro de 2023 |

Colunista


Conversando sobre o cotidiano


Paulo Franquilin


franquilin.pc@gmail.com


A gravidez é um dos momentos mais especiais da vida das mulheres, quando passam por transformações físicas e psicológicas, tornando-se mais frágeis e com necessidade de atendimento médico especializado para acompanhar o desenvolvimento da criança.
Uma parcela da população tem este serviço disponibilizado em postos públicos de saúde, chegando ao momento do parto em hospitais públicos com os médicos de plantão.
Aquelas mulheres que dispõe de plano de saúde particular tem a possibilidade de escolher o médico que fará o pré-natal e que gostariam que realizasse o parto, porém para garantir a exclusividade do médico neste momento tão delicado necessitam pagar uma taxa extra, diretamente ao profissional, para o procedimento ser realizado por ele e se não pagarem tal taxa, serão atendidas pelos médicos de plantão dos hospitais.
Os valores variam de 2 a 4 mil reais, e garantirão que o médico permaneça ao lado da parturiente durante todo o período de contrações, o qual pode durar até 12 horas, chegando ao momento do parto natural, com o acompanhamento do médico de confiança da grávida.
Os médicos alegam que as taxas pagas pelos planos de saúde são insuficientes para cobrir o trabalho, assim cobram a exclusividade, pois precisam deixar de atender outras pacientes, deixando seus consultórios, ou seja, o tempo dos médicos, segundo eles, não é valorizado pelos planos de saúde.
A busca pela valorização profissional deveria ser procurada junto aos planos de saúde, através de negociação e reajuste de tabelas de honorários e não pela cobrança extraordinária das clientes, principalmente num período de fragilidade da mulher.
Outra consequência dos baixos valores pagos pelos planos de saúde é o descredenciamento dos médicos, que passam a atender somente pelos honorários particulares, deixando várias pessoas que contribuem para os planos de saúde sem saída, pois terão que recorrer ao sistema público, sabidamente superlotado para atender a demanda da população.
Assim vale lembrar uma música antiga que dizia: “Tem que pagar pra nascer, tem que pagar pra viver, tem que pagar pra morrer...”.

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