Quinta-Feira, 30 de Março de 2023 |

Colunista


Conversando sobre o cotidiano


Paulo Franquilin


franquilin.pc@gmail.com


Quando eu era criança, normalmente, brigava por qualquer motivo com meus amigos, parentes e colegas de minha idade, mas logo em seguida tudo voltava à normalidade, bastava um abraço e sugestão de uma nova brincadeira.
Hoje meu filho é uma criança e também briga com as outras de sua faixa etária pelos mesmos motivos, conseguindo manter as relações amigáveis conforme os interesses forem alterados. Nestas brigas, geralmente, não existem lados errados, ambos estão certos e todos tem razão, pois assim é a convivência infantil.
Agora vendo as diversas notícias da mídia sobre as mais diversas operações policiais e seus nomes de destaque, não pude deixar de relacionar o comportamento dos defensores e acusadores com o das crianças.
Todos apontam o defeito do outro, em acusações recíprocas, onde todos tem a primazia da razão e a verdade está do lado de quem não está sendo investigado por determinada operação.
Conforme aparece o nome de um desafeto aponta os defeitos, suas fraquezas, enquanto ele, quando vê seu opositor em situação desfavorável, passa a mostras as mazelas da conduta deste, com argumentos, muitas vezes, sem fundamento.
Na política, assim como nas relações infantis, as trocas de acusações e diferenças são logo esquecidas. Enquanto as crianças querem apenas uma nova brincadeira agradável, os políticos buscam vantagens através de acordos e conchavos para enganar a população que os elegeu.
As crianças tem inocência, já os corruptos deste país tem indecência.

* Jornalista, escritor e TC RR

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