Sábado, 01 de Abril de 2023 |

Colunista


Conversando sobre o cotidiano


Paulo Franquilin


franquilin.pc@gmail.com


O número de assassinatos tem crescido no Rio Grande do Sul de uma forma assustadora, com relatos diários de mortes violentas, por motivos fúteis e situações inusitadas, numa onda de insegurança e instabilidade das pessoas para resolverem os problemas de forma civilizada.
Os enfrentamentos entre rivais pelo controle de determinada área do tráfico, com mortes exemplares, usando de várias formas de violência, mostram o desequilíbrio de forças existente entre o poder público e a criminalidade, pois não se consegue controlar estas execuções.
As discussões familiares e conjugais são outra fonte de violência, com inúmeros casos de mulheres mutiladas e mortas em suas casas, crianças violentadas e mortas no seio familiar, com repetidas cenas de cadáveres escondidos e esquartejados.
O número de assaltos com morte também é grande, pois de um lado os assaltados não conseguem manter a calma e reagem e de outro lado os assaltantes, muitas vezes drogados, não tem controle para evitar puxar um gatilho desnecessariamente.
Não há número suficiente de policiais para cuidar da segurança pública nas ruas e os existentes reduzem a cada ano, por uma natural aposentadoria por tempo de serviço prestado à comunidade gaúcha, sem reposição à altura pelos governos.
Não há, no curto prazo, solução para tal situação, apenas policia circulando pelas ruas, uma legislação branda para os assassinos e um sistema carcerário insuficiente, sem uma base educacional que permita mudanças.
No longo prazo deveriam ser chamados novos policiais, mudada a legislação criminal e penal, com a construção de novas penitenciárias voltadas para a recuperação dos apenados, com investimentos na educação básica, dentro das famílias, no ensino fundamental, dentro das escolas, capacitando os professores e melhorando o nível dos alunos em termos de qualificação e cidadania.

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