Terça-Feira, 21 de Março de 2023 |

Colunista


Conversando sobre o cotidiano


Paulo Franquilin


franquilin.pc@gmail.com


Contradições de nossas vidas
A maioria da população gaúcha sobrevive com parcos salários, dependendo dos serviços públicos nas áreas de saúde, educação e segurança, os quais, sabidamente estão em condições preocupantes de funcionamento, com enormes dificuldades para quem precisa destes serviços.
Uma minoria de nossa população vive com riqueza, não dependem do serviço público, pois adotam saúde, educação e segurança de forma particular e exclusiva, portanto não tem preocupação com a situação destas atividades públicas.
O povo tem que deixar seus filhos em escolas sucateadas, com professores mal pagos e desmotivados, enquanto a casta superior deixa seus descendentes em estabelecimentos de ensino moderníssimos, com profissionais da educação bem remunerados e qualificados.
Na área da saúde, enquanto o povo espera muito tempo por uma consulta rápida, sem equipamentos para exames, em prédios adaptados e médicos sem tempo, os soberanos têm tratamento privilegiado, em clínicas climatizadas e decoradas, com doutores especialistas e um enorme aparato tecnológico e resultados imediatos.
Para a população cabe esperar que sua rua seja contemplada pela passagem de uma viatura numa ronda esporádica, com policiais desvalorizados e sem motivação, a boa vontade de atendentes numa repartição pública para resolver problemas de segurança, enquanto a minoria privilegiada possui veículos blindados, com profissionais qualificados e educados, sendo atendidos com prioridade pelas autoridades policiais.
Esta diferença de prioridades entre o povo e os detentores do poder politico e econômico é que explica o descaso com saúde, educação e segurança na área pública, desvalorizando os profissionais que atuam nestes serviços essenciais para a população em geral.
Estas contradições são verdadeiras e estão presentes em todos os níveis da administração pública, desde as cidades, passando pelos Estados e chegando à União.

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