13º atrasado e parcelado
A politica de desvalorização dos funcionários públicos está chegando a um momento de ápice, com a notícia de parcelamento do 13º salário de 2015, dos servidores do Executivo estadual, em seis vezes no ano de 2016, a partir de julho, encerrando em novembro do ano que vem.
Uma afronta à norma constitucional, ao bem estar dos servidores e seus familiares, pois a gratificação natalina tem por finalidade fornecer aos trabalhadores um final de ano mais organizado, com compra de presentes natalinos, pagamento de dívidas já contraídas, enfim já existe uma expectativa que não será atendida.
O parcelamento salarial ocorrido ao longo deste ano que termina prejudicou muitas famílias, desorganizou a vida dos funcionários, os quais se viram obrigados a renegociar dívidas, pagar juros, contrair empréstimos para fazer frente às despesas, atrasar pagamentos, passar por dificuldades.
Muitos funcionários tiveram que mudar hábitos, cortar despesas, enfrentar constrangimentos, alguns com inclusão em listas de devedores, tudo causado pela política de desvalorização dos servidores do Executivo, como se fossem culpados pela crise econômica alardeada pelo governo estadual.
Os servidores dos demais poderes não passaram, em nenhum governo, pelo que passam seus colegas do Executivo, que por diversas vezes já tiveram salários atrasados, aumentos não concedidos, descumprimentos de determinações judiciais e sucateamento da máquina pública, que no final das contas prejudica a população que necessita dos serviços públicos.
Saúde, educação e segurança são os serviços essenciais que mais sofrem pela falta de consideração com os que trabalham nestas áreas, pois os servidores, além da pressão natural inerente à função pública, estão com uma pressão psicológica constante a cada final de mês, por não saberem se vão receber seus salários.
Alia-se a tudo isso a falta de contratação de novos funcionários, acúmulo de trabalho, sucateamento dos prédios e veículos, corte de repasses, ausência de investimentos, com o contraste de outras áreas do governo que vivem como se não houvesse falta de dinheiro público.