Batalha nas ruas
Assisti pela televisão, em tempo real, os protestos populares ocorridos em São Paulo contra o aumento dos preços das tarifas do transporte público. Inicialmente observei que uma grande área da parte central foi isolada para a realização das manifestações, sem a circulação de veÃculos nas ruas e avenidas, para que as pessoas pudessem manifestarem-se livremente.
Os manifestantes percorreram as ruas do entorno da prefeitura paulista e concentraram-se na Praça Ramos de Azevedo, onde em determinado momento um veÃculo apareceu e foi cercado pelos manifestantes, iniciando-se a confusão naquele local.
Um grupo que estava de máscaras e mochilas começou a arremessar bombas caseiras, com garrafas contendo gasolina e acesas, contra a PolÃcia Militar, enquanto outros atiravam pedras e objetos. Na sequencia, em reação ao ataque, os policiais revidaram com bombas de efeito moral e avançaram contra o grupo agressor, o que gerou uma correria dos manifestantes em diversas direções.
Após, dispersos, os vândalos passaram a agir nas imediações, juntando lixo e incendiando, depredando lojas e bancos, quebrando ônibus e tentando incendiar alguns, em meio à circulação de veÃculos e pessoas.
As ações policiais continuaram, visando acabar com as ações de vandalismo e enfrentamento, pois a desordem tomou conta das ruas, gerando alguns agentes públicos e manifestantes feridos, além da detenção de outros, os quais foram, depois de ouvidos, liberados.
O que mais chamou minha atenção foi a premeditação para o confronto por um grupo de manifestantes mascarados, os quais trouxeram bombas caseiras para utilizar contra a polÃcia nos protestos, ou seja, o enfrentamento estava era um objetivo a ser alcançado pela ação desse grupo.
O planejado pela PolÃcia Militar a previa o isolamento da área, garantindo a liberdade para a manifestação e posterior dispersão natural dos manifestantes, sem confronto, porém a ação dos vândalos modificou o planejado para a última parte.