Barbárie gaúcha
Nosso cotidiano está marcado pela violência, a cada dia temos notÃcias de mortes estúpidas ocorridas em diversos municÃpios, numa disseminação dos homicÃdios em solo gaúcho.
A realidade de algum tempo atrás trazia fatos ocorrendo em outros Estados, enquanto mantÃnhamos Ãndices de criminalidade menores. Havia divulgação das ações que eram empreendidas para diminuir os crimes, inclusive com ações cinematográficas expostas em tempo real.
Nossas polÃcias são as melhores do paÃs, segundo nós mesmos, os integrantes do povo mais politizado do Brasil, porém na realidade temos polÃcias medianas, com profissionais esforçados que se desdobram para conseguir trabalhar sem as condições ideais e com defasagem de efetivos, além do crônico problema salarial que desestimula a permanência nas instituições, com enorme evasão para outras profissões.
2015 foi um ano atÃpico para o Rio Grande do Sul, com atraso e parcelamento salarial dos policiais, aumento dos Ãndices de criminalidade, diminuição histórica do efetivo policial e um sistema penitenciário em colapso.
A barbárie campeia em nosso Estado, matar é um ato corriqueiro, pelos motivos mais banais, adolescentes matam por ciúmes, grupos matam por discriminação, traficantes matam para ganhar territórios e vários casos em que simplesmente as pessoas matam sem nenhum motivo.
Enquanto tudo isso ocorre, nossas autoridades passam a responsabilidade para outras, como se as ações de segurança pública pudessem ser individualizadas e não fosse resultado de um trabalho de parceria entre diversos órgãos.
Ficaremos, se nada mudar, um ano e meio sem inclusão de novos policiais, o que acarreta sobrecarga de trabalho aos servidores existentes nas polÃcias, com diminuição da ação preventiva em solo gaúcho.
Segurança pública é feita por pessoas, com ações diárias, através da atitude de prevenção, com integração entre os órgãos policiais e a comunidade, com a valorização dos profissionais e ações correlatas dos municÃpios, incluindo iluminação pública e manutenção de espaços públicos.