Crise na saúde gaúcha
As emergências lotadas dos hospitais públicos mostram a caótica situação da saúde nos municÃpios gaúchos. Esse acúmulo de pessoas aguardando por atendimento básico é reflexo de polÃticas equivocadas para um setor do serviço público tão importante.
O atraso dos repasses aos hospitais públicos causa enormes transtornos aos doentes e seus familiares que passam por privações e dificuldades para conseguir atendimento adequado.
A saúde pública em solo gaúcho tem por caracterÃstica os altos investimentos na compra de veÃculos para o transporte de pacientes para os hospitais de Porto Alegre, enquanto as estruturas hospitalares do interior foram sucateadas.
Pode-se comprovar isso observando o entorno dos hospitais, com grande número de vans das secretarias de saúde municipais do interior do Estado, enquanto falta estrutura para dar conta da demanda dos pacientes que chegam à Capital.
Os hospitais do interior não tem investimento público em larga escala para a readequação às necessidades dos habitantes, principalmente em profissionais e equipamentos de pronto atendimento para sanar os pequenos problemas, sem falar nas estruturas para os casos mais complexos.
A realidade de hospitais sucateados e sobrecarga em Porto Alegre resultam num sistema de saúde ineficiente e com enormes dificuldades de satisfazer as necessidades da população gaúcha.
Infelizmente tal situação acontece em outros Estados do Brasil, onde também faltam investimentos e repasses que nem cobrem os custos dos serviços prestados pelos hospitais, gerando prejuÃzos que se acumulam e fazem piorar ainda mais a situação da saúde pública.
É preciso que os governantes entendam que saúde é prioridade e deve ser atendida no municÃpio, acabando com as viagens cansativas para doentes e seus familiares, modificando a realidade das cidades com serviços apropriados, hospitais equipados e profissionais de saúde com vÃnculos com seus pacientes.