A fria execução de um Brigadiano
A morte do sargento Vidal, da Reserva da Brigada Militar, mostrou que os criminosos foram covardes ao matá-lo depois de terem assaltado uma madeireira em Porto Alegre.
As imagens divulgadas mostram a chegada da dupla de assaltantes à madeireira, passando ao lado do sargento, depois a ação no interior da loja e finalmente a saída dos criminosos, quando de forma fria e desnecessária, um deles saca de sua arma e atira na cabeça do sargento Vidal, que não teve a mínima possibilidade de defesa, pois foi atacado pelas costas.
Morreu sem saber o porquê, não notou a ação criminosa, talvez tenha morrido por ser um brigadiano aposentado, com salário defasado e parcelado, que em virtude das dificuldades financeiras teve que se sujeitar a continuar trabalhando, mesmo depois de 30 anos dedicados ao serviço público na Brigada Militar.
Os criminosos seguirão suas vidas, talvez sejam presos, podem ser libertos e poderão matar novamente, enquanto os familiares do sargento Vidal sofrerão na dura realidade de não ter mais a presença do chefe da família e ficarão mercê da burocracia estatal para poderem receber seus direitos.
Infelizmente este não foi o primeiro, nem será o último brigadiano a tombar em suas atividades paralelas, sendo vítima de assassinos covardes, quando o ideal seria que os policiais militares pudessem trabalhar apenas no serviço público e aposentarem-se com salários dignos e não precisassem ter jornada e risco de vida duplicados para dar uma vida melhor para suas famílias.
No início de 2017 aparecerão as estatísticas, frias e desumanas, mostrando a quantidade de óbitos de policiais militares e lá estará a morte do sargento Vidal como mais um número expondo o aumento da criminalidade em nosso Estado, sem que nada tenha acontecido para evitar que outros policiais militares deixem de morrer quando tentam melhorar suas condições financeiras depois de aposentados.