Vidas perdidas
A morte ocorrida durante um assalto é mais dolorida para a famÃlia, pois morrem pessoas com perspectiva de viverem ainda muitos anos, mas são interrompidas de forma violenta pela estupidez e barbárie, com enormes reflexos nos amigos e familiares que se revoltam pela impunidade e pela omissão do Estado na segurança pública.
Quantas vidas já foram tiradas por um movimento brusco ao tirar o cinto de segurança para descer do carro, quando criminosos, muitos sob efeito de drogas, disparam suas armas sem raciocinarem, nem sabem a quem estão matando, querem os objetos para trocar por drogas ou para adquirirem outros bens materiais.
Há uma omissão do Estado que começa na própria estrutura familiar, pois não existe planejamento de prevenção para a gravidez de adolescentes, enquanto na famÃlia e na escola não há uma conversa clara sobre sexualidade, sendo tudo descoberto de maneira errada pelas crianças e adolescentes.
No que tange à prevenção do uso de drogas, novamente não temos polÃticas públicas que se preocupem em orientar as pessoas sobre os malefÃcios das drogas, havendo estÃmulo para envolvimento com a drogadição dentro das comunidades, pois o tráfico atua como sistema de emprego para muitas crianças e adolescentes.
Desemprego é uma realidade de nosso paÃs, quando a oferta de empregos não dá conta da demanda, principalmente por falta de capacitação das pessoas, devido à evasão escolar e falta de oportunidades para desempenharem uma profissão.
Ainda falha o controle da entrada de armas no Brasil, com fronteiras abertas e sem fiscalização, resultado da falta de investimentos nas instituições policiais e militares que poderiam evitar que armas clandestinas chegassem às mãos dos criminosos.
Mas o resultado de tudo isso são famÃlias enlutadas, perdendo entes numa situação inesperada, resultando em crianças sem pais, pais sem filhos, sonhos desfeitos e carreiras interrompidas, devido ao uso de armas ilegais por criminosos que não hesitam em tirar vidas sem nenhuma necessidade.