RS 118 SEM PEDÁGIO – UMA VITÓRIA IMPORTANTE!
Tem sido amplamente debatido no Estado do Rio Grande do Sul, o plano de concessões de rodovias estaduais.
Trata-se de um pacote de concessões distribuída dentro do Estado, que está dividido em 03 blocos. No caso da RS 118, que nos atinge diretamente, a rodovia se encontra no Bloco 01.
E depois de tanta resistência das entidades e lideranças, civis e políticas, o Estado anunciou um recuo em relação ao Bloco 01. Dos três blocos, este que nos atinge diretamente, volta para estudo, deixando de ser publicado o edital que abriria a disputa pela concessão. Com isso fica praticamente inviabilizada neste ano a concessão da 118. Uma vitória parcial e importante, mas que exige a manutenção da mobilização!
Não é novidade para o leitor do Jornal A Semana minha contrariedade à instalação de uma praça de pedágio na rodovia. Afinal, já escrevi sobre isso aqui em outra oportunidade, e frequentemente tenho participado de ações nesse sentido. E não se trata de ser contra o pedagiamento de uma forma em geral, mas de ser contra uma praça de pedágio numa rodovia urbana, onde estão localizados distritos industriais de cidades cortadas pela RS 118, inclusive o nosso distrito em Alvorada.
É injustificável, portanto, pedagiar uma rodovia que agora falta tão pouco para sua completa duplicação, sob o argumento de que o valor arrecadado vai subsidiar melhorias na estrada. Mas a que custo, afinal?
Já recordei em outra oportunidade das décadas que levamos realizando obras, que pareciam intermináveis nessa rodovia. E depois de anos e incontáveis milhões em investimentos, vamos agora entregar para uma empresa arrecadar as nossas custas por 30 anos, nos impondo um pedágio urbano com um custo em torno de R$ 10,00? Como ficam as pessoas que precisam se deslocar pela 118 para trabalhar? E os estudantes que precisam se deslocar? E as empresas com frotas de veículos e caminhões? Estas empresas vão ficar em Alvorada? Outras empresas virão? São muitas as perguntas, com respostas bem óbvias!
É lógico que precisamos de investimentos nas estradas, e na RS 118 não é diferente. E isso é obrigação do Estado. Afinal, há pouco tempo foi enviado para a Assembleia Legislativa um projeto de lei, em regime de urgência, que pretendia autorizar que o Estado investisse quase R$ 500.000.000,00 (quinhentos milhões de reais), em rodovias federais. Evidente, que o parlamento recebeu uma forte pressão dos municípios e, sabendo da dificuldade de aprovar a medida, o governo retirou a urgência, e o projeto saiu da pauta. Ora, com tantas rodovias estaduais demandando investimentos, por que não investir nestas? Logo, a narrativa que investimentos na 118 vão ser retardados por conta deste recuo do governo do Estado é uma falácia. O que precisamos é de uma ação de governo que priorize uma das regiões mais pobres do Rio Grande do Sul, e não um pedágio que inviabilize o desenvolvimento econômico/industrial, especialmente em duas das cidades mais carentes do Estado: Alvorada e Viamão. Não falta dinheiro, como se vê. O que falta é darem para a nossa região a atenção e a prioridade que ela merece.
Parabéns a todos pelo empenho até aqui. Em especial, parabéns pelo Movimento RS118 Sem Pedágio, muito bem conduzido até aqui pela forte liderança do combativo empresário, Darcy Zottis.
E essa luta é de todos nós, e a mobilização segue!