ABRIL VERDE – A IMPORTÂNCIA DA SEGURANÇA NO AMBIENTE DE TRABALHO COMO FORMA DE PREVENÇÃO A ACIDENTES
Algumas pessoas já devem ter notado pelos meios de comunicação e mídias a utilização de um laço verde inclusive nas roupas (como ocorre comumente no outubro rosa) que o mês de abril também ganhou uma cor: o VERDE. Estamos no ABRIL VERDE, mas do que se trata?
O “Abril Verde” é uma campanha para conscientização de empregados e empregadores sobre a segurança no ambiente de trabalho. Ele vem sendo divulgado e é objeto de campanhas governamentais e não governamentais tendo como símbolo um laço de mesma cor.
Mas como surgiu o ABRIL VERDE? Desde 2003 optou-se pelo mês de abril para ser o mês da prevenção e conscientização do tema já que o dia 28 foi adotado pela OIT (Organização Internacional do Trabalho) como a data Mundial em Memória das Vítimas de Acidentes e Doenças do Trabalho, em razão de uma tragédia que aconteceu exatamente naquele dia em 1969.
Em 28/04/1969 um grupo de 78 pessoas morreu quando a mina em que trabalhavam explodiu. O fato ocorreu na cidade de Farmington, no estado da Virgínia, Estados Unidos.
Em 2005 o Brasil aprovou lei instituindo a mesma data oficialmente em nosso país.
Abril também traz outra data importante em seu calendário que é o dia 7, quando se comemora o Dia Mundial da Saúde, logo, adequado ser justamente neste mês o ABRIL VERDE.
Conforme dados oficiais fornecidos pela OIT no período de 2012 a 2021 ocorreram 22.954 mortes no mercado de trabalho formal somente no Brasil e que foram efetivamente comunicadas. Em 2021 foram comunicados 571,8 mil acidentes e 2.487 óbitos associados ao trabalho, com aumento de 30% em relação a 2020, segundo dados atualizados do Observatório de Segurança e Saúde no Trabalho.
Neste período o INSS concedeu 2,5 milhões de benefícios previdenciários acidentários, incluindo auxílios-doença, aposentadorias por invalidez, pensões por morte e auxílios-acidente. No mesmo período, o gasto previdenciário ultrapassou os R$ 120 bilhões somente com despesas acidentárias.
Na pandemia de COVID-19 entre 2020 e 2021 (auge das contaminações) foram registradas 33 mil CATs e 163 mil afastamentos com casos de COVID-19.
Entre as profissões mais afetadas estão: técnicos de enfermagem (35%); enfermeiros (12%); auxiliares de enfermagem (5%); faxineiros (3%) e auxiliares de escritório (3%). Foram atingidos também os trabalhadores de outras áreas fora da saúde, como faxineiros (5%), vendedores de comércio varejista (4%), alimentadores de linha de produção (4%), auxiliares de escritório em geral (3%) e motoristas de caminhão (3%).
A saúde é um bem da vida, um direito do cidadão e dever do Estado. Sem saúde não há trabalho, não há mão-de-obra, não há produtividade e avanços. As doenças e os gastos decorrentes, ao contrário, contribuem com o empobrecimento e subdesenvolvimento da nação.
A prevenção de acidentes e de moléstias desencadeadas pelo ambiente de trabalho é interesse de todos, empregados, empregadores e governantes, gerando economia e desenvolvimento a todas as nações.