Tera-Feira, 06 de Junho de 2023 |

Colunista


Política e Saúde


Darci Barth



SAÚDE 1

Boas notícias. Além da contratação emergencial de 12 médicos através da SMS, o governo federal deve disponibilizar a vinda de 11 médicos através do Programa Mais Saúde. Desta forma, as UBSs, hoje em sua maioria desassistidas, vão conseguir suprir a demanda de 85% dos problemas de saúde dos bairros a que pertencem, sem a necessidade de ir a um serviço de emergência ou hospital. Atitude correta, é por aí que se inicia a resolução dos problemas de saúde, atenção primária, atender o paciente na fonte, no lugar onde mora.

SAÚDE 2

A alegria dura pouco. Em torno de 15% dos pacientes, os mais graves, sem condições de serem atendidos nas UBSs, deveriam ser direcionados a uma UPA 24 horas, onde a ampla maioria teria o tratamento adequado. Só que Alvorada, apesar de ser a cidade mais pobre e necessitada do entorno da capital, é a única que não possui UPA 24h. Temos um prédio adequado, cedido pelo governo federal, com todo a infraestrutura e equipamentos necessários. Só que ali funciona o Centro de Saúde (apesar de muitos pacientes o identificarem como "nossa UPA"), no máximo até a meia noite. Na madrugada, sem terem outra opção, os doentes sobrecarregam o hospital de Alvorada. Ou se dirigem à UPA 24 horas da Assis Brasil, que já se tornou a válvula de escape do nosso sistema de saúde. A esperança maior é que a prefeitura municipal possua uma carta na manga, e no ano que vem, ano de eleições, como por milagre surja o dinheiro necessário para transformar o Centro de Saúde na UPA 24 horas tão sonhada. Assim seja.

IPE

Bem complicada a situação do IPE. Responsável por 10% da população de saúde do RS, em torno de um milhão e cem mil pessoas, somente abaixo do SUS, está deficitário e atolado de dívidas. O governador Eduardo Leite apresentou um projeto de reforma do IPE saúde, que está sendo analisado e ponderado pelos deputados, associações de classe, sociedade em geral, de forma a apresentar sugestões para aprimorá-lo. Retornou ao executivo, que trabalha para apresentar o texto definitivo. Na realidade, a melhor solução, que implica em reposição de 32% do funcionalismo, é inviável e/ou inconstitucional conforme o Estado. As restantes, tais como fontes de financiamento adicionais, pagamento corrigido pelos imóveis, contribuição patronal dos pensionistas, um novo plano para os novos beneficiários, etc.etc., seriam paliativos. Pressionado por todos os lados, o governador resolveu fazer uma reestruturação do projeto, de forma a abrandá-lo. Mas continua ruim, principalmente para os mais velhos e os que ganham menos, aqueles que mais necessitam. Muitos destes vão aumentar as extensas filas do falido SUS. Agora vai enviar o texto para votação, tal como Pôncio Pilatos. A base aliada que se vire.

COMENTÁRIOS DO LEITOR

1) "falando em camelô tu já olhou para aquelas bancas de camelôs fechadas parece moradia de morador de rua que, aliás alguns já fizeram morada." 2) "dá uma conferida em uma caixa de água dentro do Pam, faz mais de mês que vaza direto, um desperdício de água, VERGONHOSO." 3) "Só não entendo pra que aumentar Vereador, se os que tem não fazem nada."

PENSAMENTO DA SEMANA

"A saúde é direito de todos e dever do estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem a redução do risco de doenças e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para a sua promoção, proteção e recuperação." - Art. 196 da Constituição Federal do Brasil

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