Quinta-Feira, 23 de Maro de 2023 |

Moradores do Bairro Intersul cobram melhorias para evitar problemas de enxurradas

Residentes da Rua Nilo Peçanha tem medo de que fortes chuvas possam ocasionar desmoronamentos

Por Redação em 17 de Março de 2023

"A população alega ter medo de perder bens em casos de enxurrada – e afirma que episódios como esse já aconteceram" (Foto: Guilherme Wunder)


Com as notícias de São Paulo – e de outros estados brasileiros – das enxurradas que levam casas e bens, moradores dos morros de Alvorada se alertam. O medo das enxurradas e de que episódios semelhantes aos de outras regiões aconteçam no município faz com que muitos cobrem atenção e investimentos. Um destes locais é na Rua Nilo Peçanha, no Bairro Intersul.

O parecer da comunidade

A reportagem do Jornal A Semana visitou o bairro na tarde de quarta-feira, 15/03. A moradora Alzira Krame, que reside há 46 anos no bairro, relata ter medo de um desastre. “Tem dias que a água da rua bate aqui. Muitas vezes fiquei com medo da casa ir embora. Ela só não caiu ainda porque Deus não quis. Eu já cobrei da Prefeitura e eles prometem vir avaliar, mas nunca aparecem”, desabafa a dona de casa.

Outro morador da região é Luiz Anoar. Ele relata que, há anos atrás, sua mãe perdeu a casa em uma enxurrada. “Ali na escadaria hoje o que precisa é primeiro uma limpeza uma vez por mês. Hoje sou em quem faz isso. Depois é necessário construir um muro ao lado da calha para que a água desça pela calha e não vá para os pátios dos moradores”, pondera o alvoradense.

Respostas do Executivo

Segundo o responsável pela Defesa Civil em Alvorada, Vilmar Laureano, é desenvolvido um trabalho informativo junto à população. “A gente trabalha para avisar. Nós informamos a população os nossos alertas, mas não chegamos a bater nas casas. Desde que estou na administração, nunca tivemos registros de ocorrências do risco de uma casa desabar”, pondera o servidor.

O responsável afirma que, desde que está na administração, nunca houve registros desses problemas, mas é importante ficar alerta. “A água desce e vai embora, mas depois que a chuva para, a água escoa. Não tem como eu afirmar que não existe o risco porque é uma questão de natureza. Não temos como adivinhar e nem prever, mas vamos prestar o atendimento”, finaliza Laureano.

A reportagem do Jornal A Semana também entrou em contato com a Secretaria de Planejamento e Gestão Urbana (SMPGU). O objetivo era compreender se as áreas eram regulares e se existe algum plano ou acompanhamento de prevenção em casos de enxurradas. Contudo, até o fechamento desta edição, não houve retorno por parte da Secretaria.

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