Por Redação em 17 de Março de 2023
"A população alega ter medo de perder bens em casos de enxurrada – e afirma que episódios como esse já aconteceram" (Foto: Guilherme Wunder)
Com as notícias de São Paulo – e de outros estados brasileiros – das enxurradas que levam casas e bens, moradores dos morros de Alvorada se alertam. O medo das enxurradas e de que episódios semelhantes aos de outras regiões aconteçam no município faz com que muitos cobrem atenção e investimentos. Um destes locais é na Rua Nilo Peçanha, no Bairro Intersul.
O parecer da comunidade
A reportagem do Jornal A Semana visitou o bairro na tarde de quarta-feira, 15/03. A moradora Alzira Krame, que reside há 46 anos no bairro, relata ter medo de um desastre. “Tem dias que a água da rua bate aqui. Muitas vezes fiquei com medo da casa ir embora. Ela só não caiu ainda porque Deus não quis. Eu já cobrei da Prefeitura e eles prometem vir avaliar, mas nunca aparecem”, desabafa a dona de casa.
Outro morador da região é Luiz Anoar. Ele relata que, há anos atrás, sua mãe perdeu a casa em uma enxurrada. “Ali na escadaria hoje o que precisa é primeiro uma limpeza uma vez por mês. Hoje sou em quem faz isso. Depois é necessário construir um muro ao lado da calha para que a água desça pela calha e não vá para os pátios dos moradores”, pondera o alvoradense.
Respostas do Executivo
Segundo o responsável pela Defesa Civil em Alvorada, Vilmar Laureano, é desenvolvido um trabalho informativo junto à população. “A gente trabalha para avisar. Nós informamos a população os nossos alertas, mas não chegamos a bater nas casas. Desde que estou na administração, nunca tivemos registros de ocorrências do risco de uma casa desabar”, pondera o servidor.
O responsável afirma que, desde que está na administração, nunca houve registros desses problemas, mas é importante ficar alerta. “A água desce e vai embora, mas depois que a chuva para, a água escoa. Não tem como eu afirmar que não existe o risco porque é uma questão de natureza. Não temos como adivinhar e nem prever, mas vamos prestar o atendimento”, finaliza Laureano.
A reportagem do Jornal A Semana também entrou em contato com a Secretaria de Planejamento e Gestão Urbana (SMPGU). O objetivo era compreender se as áreas eram regulares e se existe algum plano ou acompanhamento de prevenção em casos de enxurradas. Contudo, até o fechamento desta edição, não houve retorno por parte da Secretaria.