Por Redação em 26 de Maio de 2023
"Projeto é desenvolvido pela professora Kelly Martinez com 25 alunos da escola" (Foto: Guilherme Wunder)
A Escola Leonel Brizola fica no bairro Sítio dos Açudes, um dos mais humildes do município. É lá que foi dado início ao projeto Brincando nas Férias e demais ações sociais da cidade. E é também nesta instituição da rede municipal de ensino que a horta comunitária feita pelos alunos vem ganhando força. Tanto é que existe o interesse de desenvolver um Fórum de hortas urbanas e periurbanas na região.
O projeto
A proposta da horta na escola teve início antes da pandemia, mas assim como outros projetos, acabou sofrendo com a paralisação das aulas e voltando depois. É o que acontece agora. Isso porque a professora de ciências e geografia Kelly Martinez, que trabalha na Escola desde 2019, está retomando o projeto e já conta com 25 alunos engajados na causa.
Em entrevista, a professora explica o que compete essa proposta desenvolvida pela instituição. “O nosso projeto tem a ideia de trabalhar com o cultivo, conscientização de alimentação saudável e horta comunitária. Também trabalhamos questões envolvendo a educação ambiental, botânica, reaproveitamento de materiais. Tem toda a parte da educação e também a parte científica”, enfatiza Kelly.
Segundo ela, o projeto contempla debates profundos e também soluções para questões práticas. Entre elas está questões como irrigação, arrecadação de compostos, controle de formigas e outros temas recorrentes em uma horta. Para dar conta desta demanda, existe a ideia de que o projeto chegue há 40 alunos, mas isso de forma direta, pois todos os mais de 500 alunos acabam envolvidos.
Questionada sobre para onde vai a colheita, Kelly explica que a própria comunidade escolar acaba contemplada. “Ainda não houve colheita neste ano, pois vamos fazer isso em maio. Na outra vez, o material colhido foi para a cozinha e usado na refeição da escola. Além disso, temos as caixas de temperos que elas também usam. É uma parceria, afinal elas nos fornecem o que usamos nas composteiras”, encerra a professora.
E é esse engajamento que a Sala Verde, departamento que trata da educação ambiental na Secretaria de Educação (SMED) visa alcançar. “Isso descentraliza a Sala Verde. A gente foi nas escolas e incentivou os professores, então ver esses projetos andando com as próprias pernas é importante. O bom disso é ver os professores e alunos colocando a mão na massa”, explica Valeria Goulart, que trabalha no setor.
O parecer dos alunos
Para quem se envolve na causa, vê ali a oportunidade de desenvolver projetos que possam ser usados em sua realidade. É o caso de Renata Barros, que é aluna da instituição. “É muito bom para que a gente aprenda coisas que não se vê em sala de aula. Eu tenho essa coisa de plantar em casa, então quando eu vi o projeto, me interessei e resolvi participar”, confessa a estudante.
Já Victor Borba, que também é estudante da Escola Leonel Brizola, afirma que essa experiência é algo que lhe poupará tempo no futuro, afinal ele terá esse conhecimento adquirido caso seja necessário. “Caso a gente precise usar isso nas nossas vidas, a gente sabe fazer e não precisa sair correndo atrás. A gente consegue usar o que aprendemos aqui nas nossas casas”, finaliza o aluno.