Por Redação em 17 de Fevereiro de 2023
"Seis escavadeiras hidráulicas foram utilizadas no serviço de desassoreamento de canal para elevar volume de água no rio Gravataí" (Foto: Divulgação)
Apesar da estiagem, a CORSAN está garantindo a regularidade do abastecimento para cerca de 800 mil pessoas, nos municípios de Gravataí, Alvorada, Viamão e Cachoeirinha. O fornecimento de água é viabilizado por diversas obras que a Companhia vem realizando. Uma das intervenções foi o desassoreamento do Canal DNOS, serviço que contribuiu de forma relevante para o aumento de volume de água no rio Gravataí.
O Canal DNOS liga a Barragem do Incra até o rio Gravataí. A estrutura de 7,3 mil metros de extensão estava assoreada, o que praticamente impedia a vazão de água para o manancial. De 21 a 31 de janeiro, foi realizado o desassoreamento, com retirada de lodo e vegetação. Foram utilizadas seis escavadeiras hidráulicas no serviço, que apresentou resultados positivos antes mesmo de sua conclusão:
Com isso, o nível do rio Gravataí, que estava em -38cm no dia 21 de janeiro, registrou +50cm em 27 do mesmo mês, fato que teve influência direta dessa ação e de outras realizadas. “Essa obra executada emergencialmente pela Companhia é importante e estratégica para funcionar como contingência para futuras estiagens que venham a afetar o rio Gravataí”, explica o diretor de Operações da CORSAN, Milton Cordeiro.
No período mais crítico, a Companhia precisou captar água na região mais profunda do rio, o chamado “volume morto”. Além do desassoreamento, a CORSAN realizou outras obras emergenciais, como a construção emergencial de barramento no leito do rio Gravataí; o rebaixo de nível em barragem existente no curso de água, próximo a Glorinha; e a utilização de balsas para captação de água nos pontos mais profundos.
Química na água
Através de nota, a CORSAN informa que vem realizando os procedimentos necessários para minimizar os efeitos indesejados dessa ocorrência. Como exemplo cita a dosagem de carvão ativado, produto que auxilia na remoção das substâncias causadoras de odor e gosto. No entanto, o paladar e o olfato humanos têm a capacidade em detectar essas substâncias, mesmo em concentrações baixíssimas.
Quanto aos relatos de coloração na água distribuída, a estatal informa que além do monitoramento da água tratada na saída das Estações de Tratamento e Poços, a CORSAN monitora a qualidade da água em diversos pontos da rede de distribuição conforme plano de amostragem estabelecido pela referida Portaria de Potabilidade do Ministério da Saúde.
Mesmo atendendo ao padrão do Ministério da Saúde, a água tratada contém residuais de substâncias presentes na água in natura que, ao longo do tempo, podem vir a formar incrustações em determinados pontos da rede. Em função de variações de velocidade e pressão do fluido no interior da tubulação pode ocorrer desprendimento dessas incrustações com consequente aparecimento de água com cor e turbidez alteradas.
Outro ponto relevante a ser informado é que a água tratada pelas Companhias de Saneamento tem o viés de abastecimento público e atendem a parâmetros de qualidade previstos na Portaria de Potabilidade do Ministério da Saúde. Usos específicos da água que requerem tratamento complementares são de responsabilidade do cliente bem como o custo a ele associado.
No caso de piscinas, muitas vezes a adição de quantidades elevadas de cloro pode desencadear reações químicas que culminam no surgimento de cor. Esse fato nem sempre é observado e tem relação direta com as características da água captada (maior ou menor quantidade de matéria orgânica e metais dissolvidos) e essa varia muito em função dos níveis do manancial.