Por Redação em 18 de Novembro de 2022
"A fisioterapia está sendo realizada na PUC/RS" (Foto: Divulgação)
Roger Marques mora no Bairro Americana. É casado e tem três filhas. Um homem jovem de 28 anos e com toda uma vida pela frente. Contudo, há alguns meses atrás, o medo de seus familiares era de que o pior pudesse ter acontecido. Isso porque, em julho deste ano, enquanto trabalhava, sofreu uma descarga elétrica e teve três paradas cardiorrespiratórias – ficando mais de 80 dias na UTI.
Desde então, Marques é um paciente acamado e que faz uso de gastrostomia, traqueostomia e fraldas. Contudo, segundo a esposa Paula Estraich, tanto os médicos quanto os familiares estão esperançosos na recuperação. “Os médicos dizem que ele tem alguma consciência, pois parece reconhecer vozes familiares e nos observa quando falamos com ele”, relata a jovem.
Segundo ela, hoje Marques recebe o acompanhamento de assistência médica domiciliar devido ao convênio com a empresa que trabalhava quando ocorreu o acidente. Esse convênio prevê inclusive fisioterapia, mas Paula explica que essas atividades feitas em casa servem para que os músculos não atrofiem e a neurologista que acompanha o acamado explicou que seria importante realizar fisioterapias neurofuncionais.
Esse tratamento é feito na PUC/RS, mas a família não tem como arcar com os custos do tratamento e de locomoção até o local. Foi por causa disso que se optou por ações solidárias. “Estamos tentando negociar para que a empresa pague esse tratamento, mas enquanto não temos resposta da empresa e não se desenrola esse processo, temos que correr atrás para que ele não pare o tratamento tão necessário”, pondera Paula.
A pressa em iniciar o tratamento – e conseguir mantê-lo – é porque os médicos explicaram para a família que os primeiros seis meses após o acidente são os principais para a sua reabilitação. Hoje a família gasta R$ 200 por sessão de fisioterapia neurofuncional e R$ 380 para o transporte. Com isso, são mais de R$ 12 mil por mês. Por causa disso, muitos tem ajudado a família.
Paula relata que o apoio vem vindo de familiares, amigos e desconhecidos e que isso vem sendo primordial. “Essa ajuda é muito importante para nós e para que o Roger não interrompa o tratamento, pois como já falamos é de suma importância o tratamento dele nos primeiros seis meses do acontecido, isto nos primeiros seis meses, mas essas fisioterapias serão algo constante na sua rotina”, encerra Paula.