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Editorial

3,2,1...aumento do IPTU

Por Redação em 09 de Janeiro de 2015


Durante a virada de ano é comum pedirmos e desejarmos algo de bom para as pessoas que estão juntos na contagem regressiva que antecede as bombas, estouro de espumantes e os festejos que vem em seguida.
No ano que deixamos para trás, inúmeras etapas foram vencidas e outras tantas viraram o ano e nos acompanharão nos próximos dias. Outras foram zeradas, como num passe de mágica, não nos importunam mais. E os objetivos a frente já estão traçados e nos acompanharão por mais este e outros anos.
E como num passe de mágica, no apagar das luzes do ano que passou, o prefeito Sérgio Bertoldi convoca os nobres edis para Sessão Extraordinária a fim de “limpar” a pauta do ano. Em projetos dúbios e alvissareiros, tudo passou para a alegria dos governantes. Sim, alegria dos governantes, pois valor Real para estudantes somente maiores de 16 anos, aptos ao voto, nos causa estranheza. E a merecida gratificação aos que trabalham na educação mereceu seus méritos, como vem ocorrendo já há alguns anos.
Porém o mais intrigante ficou por conta do aumento do Valor Venal dos impostos e que reflete diretamente no bolso dos proprietários de imóveis, ou de quem os precisa alugar para ter a residência ou o seu comércio. O aumento do IPTU proposto pela Administração Municipal e aceita por parte do Legislativo e aprovado não veio ao encontro do discurso altivo e voraz do último pleito municipal e muito longe dos valores considerados aceitáveis de reajustes. E inclusive índices muito além dos praticados pela real lei do mercado.
Não houve a princípio uma média ponderada para estabelecer os respectivos aumentos. Em quase todos os bairros os reajustes foram muito aquém dos valores negociados pelos imóveis, chegando a alguns casos num reajuste jamais imaginado a que se tivesse relatos na história alvoradense.
E a ganância pela arrecadação é a pior maneira de se governar. E os serviços apresentados atualmente por este governo estão muito aquém do mínimo necessário esperado. Basta sair da própria casa e nos enfrentamos com asfalto esburacado, lixões a céu aberto, lâmpadas queimadas, câmeras de vídeo monitoramento totalmente desligadas, medicamentos mínimos na saúde, além do inchaço da máquina pública e assim por diante...
Urge a necessidade das forças vivas do município se fazerem valer, defendendo o real motivo da sua existência.A Associação dos Moradores de Alvorada – UAMA, Seccional OAB Alvorada, ACIAL e inúmeras outras forças vivas da cidade não foram nem sequer consultadas. De dentro do Paço Municipal foi efetuado o “carteiraço” ou “canetaço”, sobrando ao contribuinte tentar achar a melhor maneira de como contornar a situação que sucumbiu já nos primeiros dias do ano o orçamento dos primeiros meses do ano novo.

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