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Editorial

A alguns passos do novo tempo

Por Redação em 15 de Julho de 2016


As emoções para o mês das eleições já estão devagarzinho se aflorando. No decorrer desta semana as primeiras convenções municipais estarão ocorrendo e as peças do xadrez eleitoral começam a tomar forma. Amigos de poucos dias frente ao cidadão, os políticos normalmente são inimigos jurados frente ao público nestas vésperas de eleições. E a história se repete como já visto em anos anteriores, porém muitos apostam na memória curta do povo que lhes elegeu.
Nas redes sociais são incontáveis as lamúrias e xingamentos para os candidatos das diversas matizes. Basta postar algo que certamente serão linchados pelos opositores de plantão. Aliás, estes sempre estiveram na ativa, porém as suas vozes não eram escutadas. E com o advento da internet, estes espaços outrora inexistentes, agora são olhos e ouvidos e com grande parte de decisão no momento da eleição.
Os atuais mandatários são facilmente o alvo dos mesmos. O mundo mudou drasticamente nos últimos anos, porém muitos nobres edis ainda acham que o mundo não mudou. E as vozes das urnas agora se farão valer de modo diferente e alvissareiro, dando maior espaço aos que tentam entrar no campo eleitoral com novas propostas.
O inchaço do paço municipal nesta administração é um real espelho da indignação popular por quem estava frente ao poder. Em todos os recantos da cidade o abandono é visível, porém não faltaram cadeiras e mesas para acomodar os companheiros em detrimento da população que os elegeu. Espelho fiel e digno do que também aconteceu na esfera federal, onde o inchaço, desvios e corrupção tomaram conta.
Fica para o próximo governo o trabalho árduo de começar a faxina pela porta da frente. E continuar a finalizar as infindáveis construções, ou melhor, elefantes brancos que ficaram pelo caminho pela falta absoluta de gestão e desapego dos anseios das crianças aos idosos. Que o abrir das urnas e a nova administração não nos revele um atraso ainda mais gigantesco, pois esta comunidade alvoradense não o merece.

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