Sexta-Feira, 09 de Junho de 2023 |

Editorial

A busca da qualidade de vida continua

Por Redação em 24 de Março de 2023


O que ocorre nos dias atuais também é pedra cantada. E há longos anos. Investimentos e mais investimentos no primordial da saúde e o tradicional ocorre: a falta de água. Já não bastasse algumas horas do dia sem a falta de água, é normal o desabastecimento parcial por dois dias. Ou dia sim e outro dia não.

Casas de saúde, escolas, repartições públicas. Todos são atingidos de uma ou outra maneira e a estatal basicamente se pronuncia em sua página oficial nas redes sociais. Simples assim: vamos cortar para manutenção ou prevenção e pronto; ou aumento considerável de matéria orgânica ou alteração de cor nas águas do Rio Gravataí. Tudo está sendo efetuado e a comunidade que paga altos valores de taxas e impostos estão no fim da linha e a mercê da “estatal”. Escolas liberando crianças, repartições públicas trabalhando com pessoal reduzido, postos de saúde e população prejudicados.

Já fazem anos que o planejamento estratégico da estatal deixa muito a desejar. E a situação poderia ser mais simples se afetasse parcialmente o menor número de bairros por intervenção e em sistema de rodízio. Por incrível que pareça, 41 bairros de diversas regiões foram afetadas em um dia de desabastecimento. Uma crueldade o que está sendo feito com a nossa comunidade.

Planejamento futuro? Continuar com a taxação, mais impostos e a qualidade da água sempre aquém do que se espera. E as empresas que exploram esta fatia do mercado vendendo águas minerais literalmente se multiplicam. E nas gôndolas dos mercados o espaço é privilegiado. Além é claro, da busca particular do bem precioso junto a bicas, poços artesianos, pois o que sai das torneiras para o consumo humano está aquém do aceitável. E esta busca por outras opções de fornecimento da água é um grande termômetro e que são visíveis a nossos olhos no nosso dia a dia.

E esta situação se perpetua por longos anos. E para o futuro, o que se espera. Outras fontes já deveriam ter sido buscadas, mas isso exige abnegação, visão, responsabilidade, investimentos. Estamos a poucos quilômetros do maior manancial de água da América do Sul, a Lagoa dos Patos. O porquê da não busca de bem precioso que está logo ali? Uma fonte inesgotável, pouco tratamento e nível mínimo de desnível de terreno? Ao mesmo tempo abasteceria Águas Claras, Viamão, Alvorada, Cachoeirinha e Gravataí. É uma sugestão e que encontra-se em pranchetas, gavetas guardadas esperando o tempo passar. É uma lástima. Já poderia ter sido resolvido a anos, porém a água é para segundo plano.

Quiçá com estes anos de estiagem, um pequeno novo passo seja dado para um grande salto de qualidade de vida a nossa população.

COMENTÁRIOS ()